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Bem-Estar Domingo, 19 de Agosto de 2018, 11:56 - A | A

Domingo, 19 de Agosto de 2018, 11h:56 - A | A

Coluna Bem-Estar

Conheça os novos limites para pressão alta

Por Pérola Cattini

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Parâmetros foram redefinidos pelo Colégio Americano de Cardiologia e  pela Associação Americana do Coração

Istock Photos

ColunaBem-Estar

Todos os anos, 10 milhões de mortes no mundo são decorrentes de problemas de saúde ligados diretamente à hipertensão arterial. No Brasil, essas doenças ocupam as primeiras posições na lista de doenças mais fatais. Mas esses números não são suficientes para que as pessoas mudem seus hábitos visando diminuir o risco de um infarto ou de um acidente vascular encefálico – além de outros problemas cardiovasculares e renais. A maioria dos adultos quer distância do aparelho de pressão e, quando o utiliza, mal entende o que querem dizer os números que ele revela.
 
Preocupados com esse comportamento, o Colégio Americano de Cardiologia e a Associação Americana do Coração resolveram fechar o cerco contra a doença, atualizando os limites considerados normais para a pressão arterial. Agora, a “pressão boa” é aquela abaixo de 120x80 mmHg (o conhecido 12 por 8). Pela diretriz adotada nos Estados Unidos, uma pessoa com essa marca já apresentaria uma pressão arterial considerada elevada e, se chegar à marca de 130x80, é hipertensa. Antes, considerava-se a medida de 140x90 para hipertensão.

Os parâmetros atuais adotados no Brasil ainda consideram a pressão 12 por 8 normal, mas estudos apontam que o ideal seria ficar abaixo disso. E esse amontoado de números é um ponto que justificaria a falta de cuidado que a maioria da população tem com a pressão arterial. Presidente da Sociedade Latino-Americana de Hipertensão, Eduardo Barbosa entende que, por não apresentar sintomas, a doença não recebe atenção:

“O paciente acaba enxergando um número apenas, mas, como não sente nada, não se trata. Os números das diretrizes americana e brasileira podem ser diferentes, mas o conceito é o mesmo, e o importante é que as pessoas o conheçam. De 30% a 35% da população mundial é hipertensa, mas metade não sabe disso”, diz Barbosa.

Para muitos médicos e pesquisadores brasileiros, apostar em valores menores do que 12 por 8 como pressão ideal já é uma realidade, considerando a longevidade da população e os maus hábitos da vida moderna, como sedentarismo e consumo de alimentos industrializados, repletos de sódio.

Na prática, o que se pretende é detectar as alterações de pressão em estágio inicial. Dessa forma, uma simples mudança de hábitos pode ser eficiente no controle da hipertensão, evitando ou postergando a necessidade do uso de medicamentos.

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Rita de Cássia de Jesus 20/08/2018

Achei ótimo , para mim 10 por 6 ta ótimo !!!!!!

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