O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, declarou que a instituição foi sondada e rechaçou a hipótese de apoiar a decretação de estado de defesa nos dias tensos que antecederam o impeachment de Dilma. A revelação foi feita em entrevista à revista Veja que chegou às bancas neste fim de semana. Villas Bôas não diz quais políticos fizeram a consulta, disse apenas que são de esquerda, e afirmou que as Forças Armadas ficaram "alarmadas" com a perspectiva de serem empregadas para "conter as manifestações que ocorriam contra o governo". "Nós temos uma assessoria parlamentar no Congresso que defende nossos interesses, nossos projetos. Esse nosso pessoal foi sondado por políticos de esquerda sobre como nós receberíamos uma decretação do estado de defesa", afirmou Villas Bôas. Na entrevista, o comandante do Exército também manifesta também preocupação com o "perigo" de surgir no país líderes populistas com discursos “politicamente incorretíssimos, mas que correspondem ao inconformismo das pessoas".
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