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Mansour em entrevista à Capital FM: dados hackeados são ilícitos e não têm respaldo jurídico
O presidente da OAB-MS, Mansour Karmouche voltou ontem (21) a defender cautela no debate sobre a divulgação das supostas trocas de mensagens entre Sérgio Moro e o procurador da Lava Jato Dalton Dallagnol. "A advocacia tem uma responsabilidade, porque atua no sistema de justiça, de se manter princípios que estão na nossa Constituição e nas leis desse país, mas também entendemos que muitas vezes tem o fator político envolvido, e ninguém aceita que haja qualquer tipo de conluio entre advogados, juízes e promotores além do processos entre as partes. Sempre almejamos julgamento justo", afirmou. Para Karmouche, os supostos diálogos são ilícitos por terem sido hackeados e não têm respaldo jurídico.
Sobre o pedido da OAB nacional para que Moro se afaste do cargo, Karmouche repetiu o que já havia dito aqui ao Blog. “Não concordo com esse afastamento preventivo. É precipitado e me manifestei publicamente contra", afirmou. O presidente da OAB-MS lembrou que o Brasil ficou conhecido como país da impunidade, que nunca levava poderosos ao banco dos réus, e que esse cenário mudou com a Lava Jato. "A força tarefa constituída da Lava Jato teve essa coragem e mudou a cara, a configuração do país e nós louvamos isso, mas sempre deixando claro que o combate deverá ser feito com obedecendo todas as leis vigentes no nosso país", afirmou Karmouche.
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Raquel Dodge rejeita uso de material de hacker para anular condenação de Lula
Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr
Raquel Dodge afirma que material roubado por hacker é 'grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições'
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, contestou ontem a tentativa da defesa de Lula de anular no Supremo a condenação do petista no caso triplex, alegando imparcialidade do ex-juiz Sérgio Moro com base nas supostas mensagens do atual ministro da Justiça e de Deltan Dallagnol roubadas por hacker de celulares de integrantes da Lava Jato. Os ministros Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia já haviam votado contra o pedido, mas Gilmar Mendes tinha pedido vista e o caso deve voltar a julgamento na próxima terça-feira. Em parecer enviado hoje ao STF, Raquel Dodge afirma que o material foi obtido por meio ilegal, em "grave e criminoso atentado contra o Estado e suas instituições, que está sob a devida apuração pelos órgãos competentes" e lembra que o conteúdo não foi entregue pelo site The Intercept Brasil "às autoridades públicas para que sua integridade seja aferida".
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