Divulgação / Governo Federal
No ano passado, 305 pessoas foram vítimas fatais de picadas de animais peçonhentos
O período de chuvas chegou ao Brasil e ao Mato Grosso do Sul. Nesta época do ano, observa-se com mais frequência a presença de animais peçonhentos nas residências, principalmente quando são localizadas próximas às áreas verdes.
Escorpiões, aranhas, lacraias e até serpentes costumam buscar locais secos para se proteger da água e acabam se tornando um perigo, especialmente para crianças.
Em 2016, em todo o Brasil, foram registrados 173.687 acidentes com animais peçonhentos, com maior incidência nos meses chuvosos, que começa em novembro e termina em março. Ao todo, 305 pessoas foram vítimas fatais.
O coordenador de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Renato Alves, explica que a atenção precisa ser redobrada neste período. “Essa época de chuva coincide com a de maior calor e há, também, mais exposição das pessoas aos ambientes que estes animais estão. Estes bichos não regulam sua temperatura como os mamíferos e, por isso, buscam locais de maior exposição ao sol. A soma destes fatores faz desta época a de maior incidência de acidentes”, alerta.
Socorro médico
O Ministério da Saúde orienta que em caso de acidentes com animais peçonhentos deve-se procurar o serviço de saúde mais próximo, UPA, Hospital ou SAMU, e o mais rápido possível Após a avaliação clínica, o paciente receberá ou não um antiveneno específico.
Outra recomendação, é lavar bem o local da picada com água e sabão. Nenhuma outra substância pode ser colocada no local e também não precisa amarrar, pois pode piorar a situação. Não é necessário perder tempo capturando o animal. Mas caso já tenha sido apanhado, é relevante levar para ajudar o profissional de saúde a identificar a gravidade do veneno
Prevenção
A Cartilha “Orientações para prevenção de acidentes por animais peçonhentos durante e após períodos de enchentes” traz orientações para que as pessoas consigam se prevenir de serem vítimas deste tipo de animais.
As principais recomendações são:
• Não andar descalço;
• Usar luvas de couro nas atividades rurais e de jardinagem;
• Nunca colocar as mãos em tocas ou buracos na terra, ocos de árvores, cupinzeiros;
• Não depositar ou acumular material inútil junto à habitação rural, como lixo, entulhos e materiais de construção;
• Controlar o número de roedores existentes na área para evitar a aproximação de serpentes venenosas que se alimentam deles;
• No amanhecer e no entardecer, nos sítios ou nas fazendas, chácaras ou acampamentos, evitar a aproximação da vegetação muito próxima ao chão, gramados ou até mesmo jardins.