Deurico Ramos/Capital News
Eleições da OAB/MS ocorrem até as 17h, na sede do órgão no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande
Está acontecendo na manhã de hoje (20) as eleições da Ordem dos Advogados do Brasil de Mato Grosso do Sul. O pleito está sendo realizado na sede do órgão, em Campo Grande. Apesar do direito ao voto eletrônico, a movimentação de eleitores foi intensa na opção em votação por cédula.
São três chapas disputando a presidência. Mansour Elias Karmouche, concorre a reeleição pela chapa 22. O advogado Jully Heyder é oposição e concorre pela chapa 11 e a única candidata mulher, Rachel Magrini, disputa a presidência da Ordem pela chapa com número 33.
Dos 23 mil advogados com OAB no Estado, apenas 14.995 estão ativos, aptos para votar, pois estão adimplentes. Estes, são obrigados a irem às urnas.
A reportagem do Capital ouviu três advogados e apurou o que eles esperam sobre a nova legislatura. Um senso comum entre os que optaram por uma chapa opositora a atual gestão, foi a renovação e a busca por uma maior representatividade. Já quem optou pela continuidade do atual presidente da Ordem, declararam que boas mudanças já aconteceram, porém podem ocorrer mais avanços.
Para Jeferson Nascimento bezerra, que advoga há dois anos, a classe vem sofrendo constantes derrotas nos últimos anos, principalmente na desvalorização da profissão. “Espero que o advogado volte a ter a importância que sempre teve na sociedade. Optei por um dos dois opositores, porque sou contra qualquer tipo de reeleição, pois para mim, ela pode trazer prejuízo ao país. Entendo que o poder por muito tempo pode fazer a pessoa esquecer seus ideais para se perpetuar nele”, ponderou.
Já Ana Laura nunes da Cunha, na profissão desde 1998, optou pela permanência da atual legislatura. Elas acredita que os avanços alcançados por ela podem ser melhorados e novos conquistados. “A renovação já existe, portanto, esperamos que ela seja aprimorada. Portanto esperamos uma melhora, principalmente, nos direitos dos advogados”, projetou.
Por fim, Rodrigo Becker, que está no direito há doze anos, falou que a OAB pode servir como exemplo para a política no Brasil. “Nó temos que transmitir transparência e legalidade nos atos, para posteriormente cobramos uma conduta melhor ou parecida de nossos políticos”, explicou.
Candidatos
Para o atual presidente, Mansour Elias Karmouche, os erros das legislaturas passadas foram um aprendizado para todos os profissionais. “Nossa preocupação hoje é avançar ainda mais. Hoje o desafio da atual política brasileira é colocar a nossa Constituição Federal como porta voz da sociedade brasileira e acredito que nós conseguimos fazer isso na Ordem em Mato Grosso do Sul”, revelou.
Para uma das opositoras de Karmouche, Rachel Magrini, essa proximidade dos advogados com a Constituição ainda não existe, pois ela acredita que para que isso aconteça, é necessário rever as condições de trabalho dos profissionais. “A OAB tem que voltar aos debates nacionais. Pois nosso papel é com a defesa da democracia, da sociedade e do cidadão. Devemos olhar com carinho a nossa situação e reunificar o país que saiu muito desunida após as Eleições presidenciais”, ponderou.
Já outro opositor, Jully Heyder, para ele o pleito da OAB se trata do futuro da advocacia. “Nós acreditamos que falar da Ordem é falar da própria cidadania, dos Direitos Humanos, aquilo que realmente interessa para a população e para o funcionamento correto da justiça. Contudo, nossas principais frentes é o respeito a dignidade do advogado e os procedimentos respeitosos do judiciário”, finalizou.
As Eleições da OAB/MS ocorrem até as 17h, na sede do órgão no Mato Grosso do Sul, em Campo Grande. Segundo a assessoria de Imprensa da Ordem informou que os resultados do pleito 2018 serão divulgados ainda hoje.