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Cotidiano Domingo, 19 de Novembro de 2017, 08:22 - A | A

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INFERTILIDADE

Ambulatório de fertilidade auxilia casais com dificuldades para ter filhos

O trabalho consiste em um diagnóstico completo sobre a fertilidade do casal e maioria dos casos tem desfecho de sucesso

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Ambulatório de fertilidade auxilia casais com dificuldades para ter filhos

Suely de Souza Resende, médica ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana

O ambulatório de fertilidade do Hospital Regional Rosa Pedrossian (HRMS) auxilia casais que desejam ter filhos e tem dificuldades para engravidar. No local, eles recebem um diagnóstico rápido para saber o que está levando a infertilidade. 

 

De acordo com a médica ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, Suely de Souza Resende, esses pacientes ficavam de dois a três anos para ter um diagnóstico completo e, muitas vezes, a mulher já estava beirando os 35 anos, quando começa a baixar a fertilidade. No ambulatório o trabalho leva em média três meses.

 

Desde 2009 o ambulatório vem orientando muitos casais. São feitas análises seminal do parceiro, estudos da parte hormonal da mulher e de obstrução das trompas, observação de disfunção de ovários microcístico, análise de varicela e baixa da produção de espermatozoides, exames de doenças sexualmente transmissíveis. 

 

A especialista em reprodução humana orienta que a partir do primeiro ano de tentativas sem sucesso de engravidar já é possível iniciar a investigação. “Quando é que nós pesquisamos um casal, como funciona a fertilidade no ser humano? Uma mulher de 35 anos para baixo e um homem com 45 para baixo, tendo em média três relações semanais, sem nenhuma alteração para causar infertilidade, tem taxa mensal de gestação de 20% de chance de engravidar. Veja que a espécie humana não é a melhor no quesito fertilidade. A taxa cumulativa em um ano chega a ser 93% de chance de conseguir. Por isso, passou um ano tentando nessas condições, nós já somos autorizados a fazer a pesquisa”, afirma. 

 

A médica explica que grande dos casos são resolvidos com relação sexual programada. “Com indutores de ovulação, a mulher tem de dois a três óvulos no máximo. Orientamos o período de maior fertilidade dela para ter relação. Acompanhamos depois quatro a cinco dias, para dar o suporte, fazer o teste de gravidez”, esclarece.

 

Entretanto, quando o paciente precisa de inseminação ou fertilização in vitro, precisam ser encaminhados para outros estados. “A saída é pedir tratamento fora de domicílio. São encaminhadas para os estados onde é feito o tratamento pelo SUS ou entram pela Defensoria Pública e conseguem fazer os tratamentos nas clínicas de reprodução humana de Campo Grande que são privadas”, explica.

 

Fatores que pesam

 

Ambulatório de fertilidade auxilia casais com dificuldades para ter filhos

A médica ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana, Suely de Souza Resende

 

Entre os fatores que prejudicam a fertilidade, são destacados alteração hormonal, mulheres e homens acima do peso, uso de álcool e cigarros, uso de drogas. “Tudo isso prejudica muito a produção dos óvulos e espermatozoides. Aí é o papel de educação do paciente porque muitos não sabem que isso pode prejudicar. Trabalhamos no sentido de repor vitaminas, ácido fólico para preparar organismo para receber uma gestação”, pontua a médica.

 

A infertilidade é um problema de saúde pública, afeta saúde do casal, traz insegurança, depressão, angústia. 

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