Quinta-feira, 25 de Abril de 2024


Cotidiano Terça-feira, 27 de Março de 2018, 12:38 - A | A

Terça-feira, 27 de Março de 2018, 12h:38 - A | A

POLÍTICAS PÚBLICAS

Antiga rodoviária terá ação integrada de acolhimento para pessoas em situação de rua

Programa vai envolver todas as secretarias e autarquias públicas da Capital visando acolhimento eficiente

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

PMCG

Antiga rodoviária terá ação integrada de acolhimento de pessoas em situação de rua

Apresentação do projeto aconteceu no interior do prédio da antiga rodoviária

O Programa de Ação Integrada e Continuada (Paic) vai trabalhar medidas de cidadania, saúde e garantia dos direitos para a população em situação de rua na região do prédio da antiga rodoviária de Campo Grande, no Bairro Amambaí. O Paic foi apresentado pela vice-prefeita Adriane Lopes e o secretário de Governo e Relações Institucionais, Antônio Cezar Lacerda, nesta segunda-feira (26).

 

Através de uma política intersetorial, o programa busca envolver todas as secretarias e autarquias públicas da Capital, para articular uma rede de proteção e cuidado para pessoas e famílias vulneráveis.

 

O Paic será coordenado pela Subsecretaria de Defesa dos Direitos Humanos, Coordenadoria de Proteção a População em Situação de Rua e Política Anti Drogas, em parceria com a Secretaria de Assistência Social (SAS).

 

Será aberto chamamento público para apoiar as comunidades terapêuticas da Capital que se habilitarem a receber as pessoas em situação de rua e que são dependentes químicos. Os encaminhamentos serão feitos pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS).

 

Entre as ações já existentes voltadas para o acolhimento das pessoas em situação de rua, a SAS atua diuturnamente nas ruas de Campo Grande e encaminha as pessoas acolhidas para o Centro de Triagem e Encaminhamento do Migrante e População de Rua (Cetremi) e para o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop). 

 

Também foi lançada recentemente a campanha “Onde a esmola acaba, o direito começa – Não dê esmola”, que incentiva as pessoas a não darem esmolas. A atitude colabora para a permanência nas ruas e cria a ilusão de que é possível viver da mendicância.

 

Durante o evento, a vice-prefeita Adriane Lopes ressaltou a questão de acolhimento, que ainda esbarra na dúvida de quem é a responsabilidade. “Toda vez que se pergunta de quem é a responsabilidade sobre essas pessoas a gente esbarra na dúvida se é a saúde, educação, assistência social, segurança ou outra política pública. Infelizmente, ainda é realidade a falta de uma solução para o acolhimento eficiente dessas pessoas que estão nas ruas e são viciadas e usuárias de drogas ou álcool”.

 

A administradora do prédio da antiga rodoviária, Rosane Nely de Lima, falou do sentimento não apenas dos comerciantes do condomínio, mas também dos moradores da região, que há anos esperam a atitude do poder público para amparar essas pessoas que vivem abandonadas em situação de vício na região.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS