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Cotidiano Quarta-feira, 14 de Setembro de 2011, 13:39 - A | A

Quarta-feira, 14 de Setembro de 2011, 13h:39 - A | A

Após abertura de CPI na Assembleia, construtora tenta solicionar irregularidades trabalhistas

Alessandra Carvalho - Capital News (www.capitalnews.com.br)

O Presidente da Central Geral dos Trabalhadores (CGTB), Samuel Freitas, esteve reunido com o diretor da empresa de engenharia MRV, Sergio Lavarini, para tentar solucionar os problemas dos trabalhadores nas construções.

O encontro ocorreu na sede do sindicato dos trabalhadores, na Maracaju, centro do Campo Grande.

Conforme Samuel, há denúncias recentes. Cerca de 40 trabalhadores reclamam dos constantes atrasos de pagamento de salário e da a falta de segurança nos canteiros.

A maioria dos trabalhadores é contratada por uma empresa terceirizada, e não estaria cumprindo suas obrigações trabalhistas e técnicas com os funcionários das obras.

“ A empresa MRV não pode fugir do compromisso de pagar. A empresa responsável é terceirizada, mas se ela não efetua os pagamentos, quem tem que pagar e a própria empresa de engenharia ou seja a MRV”, cita Samuel.

Casos como este serão alvo de uma CPI recém instalada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. Ao menos oito construtoras devem ser investigadas.

Os deputados estaduais decidiram abrir a CPI depois de constatar que vários trabalhadores vivem problema idêntico, ou seja, são contratados por empresas terceirizadas que não pagam salários e nem obrigações trabalhistas.

Hoje, as lideranças partidárias começaram a indicar os integrantes da comissão.

Empresa desconhecia fatos

Conforme o sindicalista, o diretor da empresa esclareceu que não sabia das irregularidades e prometeu sanar os problemas.

O representante da MRV sinalizou que pode até cancelar contratos com empresas terceirizadas que não estejam efetuando pagamentos.

A advogada do sindicato CGTB, Jucineide Almeida, estave presente à reunião e propôs um pente fino em todos os canteiros de obras para levantar possíveis irregularidades e cobrar providências.

Conforme Samuel, alguns casos estão na Justiça. As denúncias, segundo o sindicalista, começaram há mais de três meses.

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Freitas explica que se problema não se resolver procurará outras instâncias
Foto: Deurico/Capital News

“Não é só a MRV que está nesta situação, temos uma Comissão Parlamentar de Inquerito(CPI), que envolve oito empresas de engenharia que estão irregulares com as normas trabalhistas dos seus funcionários. Primeiro chamaremos as empresas à responsabilidade. Não forem contornados os problemas, apelaremos para outras instâncias, denunciando aos órgãos competentes de fiscalização e do Ministério Público”, avisa Freitas.

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