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Cotidiano Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 18:34 - A | A

Quinta-feira, 31 de Agosto de 2017, 18h:34 - A | A

Antivírus

Após ser alvo de investigação, diretoria do Detran pede exoneração

Diretor-presidente e mais quatro investigados pediram demissão na tarde desta quinta-feira

Fernanda Freitas
Capital News

Deurico/Capital News

Após ser alvo de investigação, diretoria do Detran pede exoneração

Gerson Claro Dino, ex-diretor presidente do Detran-MS

Gerson Claro Dino, preso durante a Operação Antivírus do Gaeco, que investiga suspeitas de corrupção no Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito), anunciou a sua exoneração na tarde desta quinta-feira (31). Em coletiva na sede da Governadoria, Claro anunciou que ele, Donizete Aparecido da Silva (Diretor-Adjunto), Erico Mendonça (Chefe de Departamento), Celso Braz de Oliveira Santos (Diretor de Administração) e Gerson Tomi (Finanças e Diretor de Tecnologia), entregaram ao governador Reinaldo Azambuja suas cartas de demissão.

Deurico/Capital News

Após ser alvo de investigação, diretoria do Detran pede exoneração

Gerson Claro Dino, Eduardo Riedel e Felipe Matos

 

Na coletiva, Claro estava acompanhado do secretário de Governo e Gestão Estratégica, Eduardo Riedel, e do assessor jurídico do Governo, Felipe Matos.

Ao comentar sobre a sua saída do Órgão, Claro afirmou que está tranqüilo e que quer que tudo seja esclarecido. “Eu não nasci presidente do Detran MS eu não prestei concurso, é um cargo político que precisa de confiança, da confiança da sociedade. E se nesse momento existe essa dúvida, quero que a sociedade busque a verdade”, disse.

Claro disse ainda que se afasta efetivamente do cargo e que abre mão de qualquer sigilo de informação para que a Justiça possa fazer o seu trabalho. “Tenho tranqüilidade e responsabilidade para saber qual é o papel do homem público, que é o de passar para a população a verdade dos fatos”, afirmou.

Advogado por formação, Claro disse ainda que durante a sua gestão o Detran obteve melhorias. “Quero dizer que o Detran do Mato Grosso do Sul, se não é o melhor, está entre os melhores do país, e não é o Gerson Claro que construiu isso não, é o cidadão, foi todos que passaram por lá, os servidores que dedicam a vida pelo Órgão. O Governador confiou o cargo a mim, e eu o entrego melhor do que recebi”, concluiu.

Deurico/Capital News

Após ser alvo de investigação, diretoria do Detran pede exoneração

Eduardo Riedel

 

De acordo com o Secretário de Governo Eduardo Riedel, a conversa entre Claro e o governador Reinaldo Azambuja, definiram o desligamento nesta manhã para que haja mais transparência nas investigações. “Nós não vamos fazer pré-julgamentos de qualquer servidor, esse não é o procedimento que costumamos ter. As investigações estão aí para isso, para que seja esclarecido,” informou Riedel.

Riedel disse ainda que um novo nome para a direção do Detran já está sendo definido e que será divulgado no Diário Oficial nesta sexta-feira (1).

Operação Antivírus
O GAECO/MPMS deflagrou, na manhã da última terça-feira (29), a Operação Antivírus com a finalidade de cumprir 9 mandados de prisão preventiva, 3 de prisão temporária e 29 mandados de busca e apreensão no Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS).


O alvo das investigações são contratos de informática celebrados entre empresas e o Poder Público.

Na Operação Antivírus, são investigados os crimes de corrupção ativa e passiva, fraude à licitação, peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Foram presos em caráter temporário, de acordo com o balanço do MPE-MS, o ex-deputado estadual, Ary Rigo, e o sócio proprietário da Digitho, empresa de nome fantasia Digix. O parlamentar por quatro mandatos na Assembleia seria um facilitador da empresa de Jonas Schimidt das Neves em concorrências por contratos com o Poder Público. Claudinei Mastins Rômulo, secretário da Digitho foi o terceiro detido em prisão temporária na Antivírus.

Já no que diz respeito às prisões preventivas, os agentes efetuaram a condução coercitiva do ex-diretor presidente do Detran-MS, Gerson Claro,  e dos sócios da Pirâmide Informática, José do Patrocínio Filho, Fernando Roger Daga e Anderson da Silva Campos. Utilizando do recurso da dispensa de licitação, a autarquia sob o comando de Gerson Claro contratou a empresa para prestar o serviço de registro de documentos.  O vínculo teria uma previsão de repasse de R$ 7,4 milhões do cofres do Governo do Estado, para um escritório onde a contratada divide espaço com um pequeno escritório de contabilidade.

Completam a lista dos que foram presos preventivamente pelo Gaeco, Erico Mendonça e Gerson Tomi, ex-servidores do Detran-MS, onde ocupavam respectivamente os cargos de Diretor de Administração e Finanças e a Diretoria de Tecnologia. Celso Braz de Oliveira Santos, ex-chefe de Departamento na autarquia também foi detido.

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