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Cotidiano Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 12:49 - A | A

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PROTESTO

Associação realiza protesto contra falta de recursos do Programa Minha Casa Minha Vida

A manifestação também reúne comerciantes e outros segmentos ligados à construção

Esthéfanie Vila Maior
Especial para o Capital News

Deurico/Capital News

Foto ilustrativa de construção civil, trabalhador de construção civil, pedreiros

Os pequenos construtores representam até 60% dos imóveis comercializados pelo Programa Minha Casa Minha Vida

A Associação dos Construtores de Mato Grosso do Sul (ACOMASUL) e a Federação Nacional dos Pequenos Construtores (FENAPC) realizam um protesto nesta quinta-feira (19), contra a escassez de recursos da Caixa Econômica Federal (CEF), direcionados ao Programa Minha Casa Minha Vida.

A Caixa Econômica Federal, que responde por 70% de todos os financiamentos imobiliários, está com centenas de contratos de vendas de imóveis parados nas agências sul-mato-grossenses. “Os contratos estavam prontos só à espera da CEF chamar para fazer a assinatura. Com isso, o construtor receberia o dinheiro e o comprador pagaria o financiamento para o banco. É fundamental receber o dinheiro para que os construtores possam novamente movimentar a cadeia da construção civil com novos empreendimentos”, afirma Adão Castilho, presidente da ACOMASUL.
 
A ACOMASUL e a FENAPC entraram em contato com as autoridades em Brasília, incluindo o presidente da CEF, Gilberto Occhi, que afirmaram que a Caixa está sem recurso suficiente. O argumento é que foi atingido o limite de empréstimos que um banco pode realizar conforme seu nível de capital.

Os pequenos construtores representam até 60% dos imóveis comercializados pelo Programa Minha Casa Minha Vida. De acordo com o presidente da ACOMASUL, Adão Castilho, a situação vai travar a construção civil, barrando a venda de imóveis prontos e deixando sem perspectiva os que estão em construção. “O nosso setor é um dos alicerces da economia. A cada R$ 1 bilhão a menos na construção civil são fechados 18,8 mil postos de trabalho. Por isso, no protesto vão estar além de construtores, comerciantes de material de construção e outros segmentos ligados à construção”, explica Adão Castilho.

Os manifestantes vão levar equipamentos utilizados nos canteiros de obras, como betoneiras e caçambas. O protesto ocorre simultaneamente em várias cidades e capitais do Brasil. Em Campo Grande, começará às 8h na sede da ACOMASUL, com destino a Superintendência da Caixa Econômica Federal.

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