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Cotidiano Quarta-feira, 20 de Dezembro de 2017, 10:33 - A | A

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MOVIMENTO

Bancários fecham agências bancárias contra a reforma trabalhista

Protesto acontece durante toda esta quarta-feira

Laura Holsback
Capital News

Em protesto contra a reforma trabalhista funcionários de agências do banco Santander em Campo Grande estão de braços cruzados nesta quarta-feira (20). 

 

De acordo com o sindicato que atende a classe dos bancários, as atividades das principais agências do Santander do Centro da cidade permanecerão paralisados durante todo o expediente.

O protesto é contra a implantação da reforma trabalhista, em que a instituição está impondo aos bancários mudanças no banco de horas e fracionamento de férias, além de alterações na data do pagamento dos salários e do 13º salário.

 

Divulgação

Bancários fecham agências bancárias contra a reforma trabalhista

Bancos estão fechados para atendimento ao público nesta quarta

Segundo o presidente do sindicato, Edvaldo Barros, o banco espanhol vem adotando essas medidas unilaterais e até inconstitucionais, sem consultar as entidades sindicais, como: forçando os funcionários a assinarem um Acordo Individual de Banco de Horas Semestral, que pela Constituição só pode ser feito por Acordo ou Contrato Coletivo.

 

"O sistema financeiro não pode simplesmente implantar a reforma trabalhista. A direção do Santander precisa entender que qualquer acordo tem que ser negociado com a representação dos trabalhadores. Vamos cobrar do banco este respeito e a revogação imediata dessas medidas", ressaltou Edvaldo Barros.

 

O protesto nas agências do Santander está ocorrendo em todo o Brasil nesta quarta-feira. Além da implantação da reforma trabalhista, os bancários também protestam contra demissões arbitrárias e metas abusivas e inatingíveis, que estão levando os funcionários ao estresse e ao adoecimento.

 

Ainda conforme informações do sindicato, o Santander foi um dos bancos que mais lucrou neste ano: no acumulado de janeiro a setembro de 2017, o lucro foi de R$ 7,201 bilhões, crescimento de 34,6% em relação aos nove primeiros meses de 2016.

 

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