O mercado brasileiro está interessado em abocanhar 70% da produção de uréia da principal fábrica do commodity na Bolívia. Para isso, a articulação envolveria também ampliar a distribuição de gás natural enviado do país vizinho e a maior compra de soja do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul pelos bolivianos.
A situação é tratada entre a Famato (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso), a YPFB (Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos) e a Nutrioil.
A fatia representativa de consumo do Brasil em relação à oferta de uréia boliviana tende a ser ampliada a partir de setembro deste ano. A expectativa da Bolívia é chega a produção de 700 mil toneladas em 2018. Atualmente a importação desse item no mercado nacional é de comercialização com a Rússia.
"Precisamos prestar mais atenção nos países vizinhos. Mas é importante destacar que ainda temos dificuldades de acesso pelas estradas. Se otimizarmos a logística levando grãos para a Bolívia e trazendo a ureia, poderemos minimizar o custo de frete e otimizar os negócios. Mato Grosso tem possibilidade de comprar, mas desde que tenha condições de transporte. Essa logística precisa ser economicamente vantajosa", pontua o presidente do Sistema Famato Normando Corral.