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Cotidiano Segunda-feira, 30 de Julho de 2018, 08:56 - A | A

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SAÚDE no trabalho

Caminhoneiros são as maiores vítimas de acidentes de trânsito no trabalho

Levantamento revela que em 11 anos, o número de notificações de acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foi de 3.212, no Estado

Flávio Brito
Capital News

Os caminhoneiros do Mato Grosso do Sul são os que mais morrem por acidentes de trânsito relacionados ao trabalho no Estado. Os dados são de um levantamento inédito realizado pelo Ministério da Saúde com os dados dos Sistemas de Informação de Agravo e Notificações (SINAN) e do de Mortalidade (SIM). O estudo apontou 122  mortes entre os  trabalhadores de caminhões, entre os anos de 2007 e 2016. Contando com todos os tipos de transportes, Rio Grande do Sul registrou 457 mortes no mesmo período. Para chegar a esta constatação, foram considerados os acidentes ocorridos quando o trabalhador tem uma função que envolve locomoção ou quando estava indo ou voltando do local de trabalho.   

 

Divulgação / Governo de MS

Caminhão carregado de soja tomba e interdita BR - 163

Além dos caminhoneiros, motociclistas são as maiores vítimas

Em onze anos, o número de notificações de acidentes de trânsito relacionados ao trabalho, em Mato Grosso do Sul, foi de 3.212. Os anos de 2015 (548) e 2016 (618) foram os que apresentaram os maiores números de notificações para um único ano. Em 2017, os índices caíram 50,3% no estado, sendo registrados 307 acidentes quando comparados ao ano de 2016.

 

Em toda a região Centro-Oeste, foram registradas 2.433 mortes, sendo 503 de caminhoneiros e 455 de motociclistas - as maiores vítimas. Quando falamos em acidentes, a região Centro-Oeste foi a segunda com maior número de registros. Foram 20.865 acidentes entre os anos de 2007 e 2016, tendo o seu pico nos de 2013 (3.081) e 2014 (3.357). Em 2017, a região teve redução de 41,1% nas notificações, com 1.709 registros quando também comparado ao ano anterior (2.906).

 

No Brasil

No Brasil, o estudo revela que, oito em cada 10 acidentes de trânsito relacionados ao trabalho foram sofridos por homens. Por faixa etária, os jovens com idades entre 18 e 29 anos foram as maiores vítimas (40,1%) e quase metade desses acidentes ocorreram nos estados da região Sudeste (47,5%). Quando falamos em lesões, o Sinan registrou que 22,5% delas foram ocorridas em membros inferiores e 15,7% nos superiores. Desses acidentes, 63% evoluíram para incapacidade temporária.

 

O coeficiente de mortalidade, no Brasil, por acidentes de transporte relacionados ao trabalho foi de 1,5 óbito a cada 100 mil. Entre os estados, destacam-se Rondônia (4,9), Mato Grosso (4,3), Paraná (3,2) e Santa Catarina (3,1). De acordo com o Ipea, essas regiões possuem fatores que contribuem para esse destaque como maior produto interno bruto (PIB), maior concentração de riquezas, de número de veículos motorizados e de viagens refletem no maior volume de tráfego e de acidentes nesses estados.

 

 

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