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Cotidiano Quarta-feira, 04 de Maio de 2011, 12:15 - A | A

Quarta-feira, 04 de Maio de 2011, 12h:15 - A | A

Capital precisa de Centro de Videomonitoramento para poder instalar câmeras

Wendell Reis - Capital News (www.capitalnews.com.br)

As câmeras de vídeo para monitoramento de Campo Grande, a fim de auxiliar o trabalho da segurança pública municipal, só devem ser instaladas em 2012, após a criação de um centro de operações de videomonitoramento. A informação foi repassada pelo Comandante da Guarda Municipal, tenente coronel Paulo Ayres, durante audiência pública na Câmara Municipal de Campo Grande nesta quarta-feira (4).

Ayres disse a reportagem do CapitalNews que a Prefeitura precisa criar o centro para que se tenha uma ligação entre o que é filmado e os demais órgãos, que seria feito com a integração entre o novo centro e o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops). Ele explica que é preciso fazer um estudo para definir onde serão instaladas as câmeras e o projeto só deve ser apresentado no segundo semestre deste ano.

O comandante da Guarda Municipal confidenciou que teve dificuldade para encontrar registros de ocorrências dos últimos 20 anos, o que dificulta um estudo mais aprofundado de quais regiões teriam maiores problemas. Ainda assim, acredita que os projetos devem ser apresentados separadamente, por regiões, para resolver outro problema: Dinheiro.

Segundo o Ayres, o governo federal tem liberado apenas R$ 980 mil por projeto e a prefeitura tem que fazer um estudo de como vai implantar as câmeras. Entre as providências a serem tomadas, esta a reestruturação e qualificação da Guarda Municipal, que deve ser feita na Academia da Polícia, em parceria com a Secretaria de Segurança.

Ayres defende que as câmeras sejam instaladas em creches, escolas e praças, além de outros locais que devem ser incluídos após estudos. Segundo ele, por lei, o Centro de Videomonitoramento deve ser controlado pela Guarda Municipal.
Ele explica que atualmente, Campo Grande conta com o trabalho de 1.060 guardas, mas muitos estão trabalhando em 294 órgãos.

Com a instalação do centro, os órgãos poderiam ser fechados com cercas e monitorados com câmeras. Assim, os guardas seriam distribuídos nas viaturas, para que pudessem ter “uma presença mais efetiva, auxiliando na segurança”.

O diretor de infraestrutura do Instituto Municipal de Tecnologia da Informação, Cleiton Barbosa, afirma que Campo Grande “já tem uma estrutura para que os dados trafeguem entre os órgãos da Captial”. Assim, o alicerce para a instalação das câmeras já estaria implantado, sendo possível o tráfego de áudio, vídeo e texto, faltando apenas o recurso para criar o Centro de Videomonitoramento.

O representante do Movimento Nacional de Luta pela Moradia, José Baltazar, solicitou que sejam instaladas câmeras no terminais de transbordo. “Lá os trombadinhas fazem a festa e a segurança não consegue identificar trombadinhas e trombadões que existe. A coisa pega lá, principalmente no horário de ‘rush’” explicou.

O presidente da Comissão Permanente de Segurança Publica da Câmara Municipal, Vereador Alex (PT), acredita que a audiência reuniu todas as pessoas vinculadas diretamente a segurança. Desta maneira, foi possível pensar em idéias concretas para a instalação das câmeras. Segundo ele, muitas cidades de nível econômico menor já têm este monitoramento e Campo Grande estaria “atrasada”.

O vereador acredita que as câmeras poderiam diminuir a ação dos vândalos e reforçar a sensação de segurança. Ao fim da audiência, o vereador declarou que a Câmara deve pedir ajuda a bancada federal, para que possam trazer recursos e mostrar a necessidade de instalação das câmeras.

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