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Cotidiano Segunda-feira, 02 de Outubro de 2017, 12:52 - A | A

Segunda-feira, 02 de Outubro de 2017, 12h:52 - A | A

PREVENÇÃO

Casos de sífilis em Campo Grande já supera todo o ano passado

Aumento de confirmação da doença foi de 20%, segundo a Secretaria de Saúde

Laura Holsback
Capital News

Divulgação

Casos de sífilis em Campo Grande jpa supera todo o ano passado

Doença é diagnostica por exame de sangue

Número de pessoas diagnosticadas com sífilis em Campo Grande cresceu em quase 20%, nos nove meses deste e já supera todo o índice do ano passado. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), de janeiro a setembro de 2017 foram notificados 663 casos da doença. A quantidade  é 17,55% superior aos total de casos registrados durante todo o ano anterior, de 564.

Apesar de este mês ser conhecido internacionalmente como Outubro Rosa para lembrar da luta contra o câncer de mama e estimular ações de prevenção, também é tido como importante para se falar da sífilis.

No Dia Nacional do Combate à Sífilis Congênita, em 18 de outubro, a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande lança o Comitê de Prevenção da Sífilis Congênita e de Investigação da Transmissão Vertical do HIV, HTLV (vírus linfotrópico da célula T humana), Sífilis e Hepatites Virais, para analisar as circunstâncias das ocorrências dos casos das doenças e quebrar a cadeia de transmissão em gestantes.

A sífilis tem cura é uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida de uma pessoa infectada para outra durante o sexo desprotegido, através da transfusão de sangue e da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou no parto. A doença pode se manifestar em três estágios e os maiores sintomas ocorrem durante as duas primeiras fases, período em que é mais contagiosa. O terceiro estágio pode não apresentar sintomas, e, por isso, dá-se a falsa impressão de cura da doença.

Sintomas
Entre 7 a 20 dias após o sexo desprotegido com alguém infectado surgem os primeiros sintomas que são pequenas feridas nos órgãos sexuais e caroços (ínguas) nas virilhas. Elas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas podem desaparecer sem deixar cicatriz, todavia, a pessoa continua doente e transmitindo a doença em relações sexuais desprotegidas.

Algum tempo após o período inicial da doença, podem surgir manchas em várias partes do corpo (inclusive mãos e pés) e quedas dos cabelos. Esses sintomas também desaparecem, dando a ideia de melhora. Entretanto a doença pode ficar incubada por meses ou anos, até que surgem as complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral e problemas cardíacos, podendo, inclusive, levar à morte.

Quando não há evidência de sinais e ou sintomas, é necessário fazer um teste laboratorial. Mas, como o exame busca por anticorpos contra a bactéria, só pode ser feito trinta dias após o contágio.

Tratamento
Após o diagnóstico da sífilis, o tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível. Os parceiros das gestantes também precisam fazer o teste e serem tratados, para evitar uma nova infecção na mulher. No caso das gestantes, é muito importante que o tratamento seja feito, pois é o único método capaz de tratar a mãe e o bebê. Nos casos de sífilis em bebê, a criança necessita ficar internada para tratamento por 10 dias.

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