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Cotidiano Quarta-feira, 24 de Janeiro de 2018, 12:39 - A | A

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MÊS DEDICADO

Com mais de 70 casos de Hanseníase na Capital, campanha alerta sobre a doença

Dia D acontece no dia 30, em unidade de saúde de Campo Grande

Laura Holsback
Capital News

Ações de prevenção e orientações contra a Hanseníase neste mês dedicado a conscientização sobre a doença começaram nesta terça-feira (23), em Campo Grande. De acordo com dados da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), no ano passado foram notificados 77 casos novos da doença e em 2016 foram 85.

 

Divulgação/Prefeitura

Com mais de 70 casos de Hanseníase na Capital, campanha alerta sobre a doença

Campanha acontece em postos de saúde da Capital

Conforme informações, as atividades envolvem distribuição de panfletos, realização de palestras educativas, busca ativa de casos, diagnóstico e tratamento. O objetivo é levar até a população informações sobre a Hanseníase como sinais e sintomas, objetivando o diagnóstico precoce e a diminuição das sequelas quando a descoberta é feita tardiamente. 

 

Ao longo do ano, todas as unidades básicas de saúde (UBS) e unidades básicas de saúde da família (UBSF) realizam na rotina de suas atividades ações contínuas de combate, controle e enfrentamento da doença. Entretanto, até o dia 31 de janeiro as ações de busca de casos e conscientização da população serão intensificadas.

 

Dia D

No dia 30 de janeiro, será realizado o Dia D de combate a Hanseníase na Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF) Aquino Dias Bezerra no bairro Vida Nova. As atividades terão inicio 07h.

 

A doença

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium leprae, atinge pele e nervos.  É considerada como uma das doenças mais antigas que acometem o homem com referências de 600 a. C. Também conhecida como lepra, termo em desuso no Brasil.

 

Os principais sinais e sintomas são: manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo e áreas da pele que não coçam, mas tem formigamento e dormência, com diminuição ou ausência de sensibilidade ao calor, frio, dor e ao toque. É importante que ao perceber alguns destes sinais e sintomas, o paciente procure o serviço de saúde mais próximo de sua casa para exame da pele e nervos.

 

A transmissão acontece quando o bacilo é eliminado pela pessoa doente durante a fala, espirro ou tosse. Por isso a importância do exame de todas as pessoas que moram ou convivem com o doente, que são chamados de contatos.

 

O tratamento é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde de forma gratuita, trata-se de um tratamento poliquimioterápico (PQT), que é a associação de rifampicina, dapsona e clofazimina. Essa associação diminui a resistência medicamentosa do bacilo, que ocorre com frequência quando se utiliza apenas um medicamento, e impossibilita a cura da doença. O tratamento dura de 6 meses a 1 ano, podendo ser prolongado por mais 1 ano.

 

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