Harper’s Weekly/Reprodução
Ilustração do massacre de Haymarket por Harper’s Weekly, 15 de maio de 1886. Quatro civis e sete policiais mortos, cerca de setenta civis e sessenta policiais feridos e mais de cem manifestantes presos
O Dia Internacional do Trabalho é comemorado em 1º de maio no Brasil, Portugal, Rússia, Espanha, França, Japão e cerca de outros oitenta países. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a data foi criada em 1889, por um congresso socialista realizado em Paris.
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Milhares de trabalhadores foram às ruas de Chicago em 1886 para reivindicar por melhores condições de trabalho, solicitando uma redução na carga horária de trabalho, que passaria de treze horas para oito horas diárias. Ainda neste dia, se instalou uma grande greve geral dos trabalhadores, por todo o país
A dia foi escolhido em homenagem ao movimento iniciado em Chicago, grande centro industrial dos Estados Unidos, em 1º de maio de 1886. Mais de 1 milhão de trabalhadores e familiares saíram às ruas para protestar contra as condições de trabalho. O objetivo principal era a redução da jornada para oito horas diárias. Na época, era comum trabalhar por mais de 14 horas.
Inicialmente, a mobilização foi pacífica. Entretanto, como a greve continuou nos dias seguintes, empresários e governo uniram-se para reprimir o movimento. Dezenas de trabalhadores foram mortos e feridos. Alguns líderes foram condenados à forca.
Agência Brasil/Arquivo
Presidente Getúlio Vargas assina Consolidação das Leis Trabalhista em 1º de maio de 1943
Brasil
De acordo com o Senado, no Brasil, o dia é celebrado desde 1895. Por decreto do então presidente Artur Bernardes, a comemoração virou feriado nacional em setembro de 1925.
Foi também em 1º de maio que a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi aprovada. Em 1943, Getúlio Vargas assinou o decreto-lei nº 5.452, que estabeleceu o salário mínimo no país, na época com o valor de 240 mil réis. Segundo o documento, o salário mínimo deveria ser capaz de satisfazer às necessidades normais de alimentação, habitação, vestuário, higiene e transporte do trabalhador.
Reforma Trabalhista
Elogiada por empresários, mas criticada por trabalhadores, sindicalistas e especialistas em direito do trabalho, a Reforma Trabalhista foi sancionada pelo presidente Michel Temer em 13 de julho de 2017.
As mudanças entraram vigor em 11 de novembro do ano passado. Entre elas, a terceirização para qualquer ramo de atividade; o trabalho intermitente, que permite a contratação de funcionários sem horários fixos de trabalho, ganhando de acordo com o tempo que trabalharem; o horário de almoço reduzido para 30 minutos; a divisão das férias em três períodos. Além disso, os acordos individuais entre patrão e empregado passam a valer mais do que as convenções e os acordos coletivos da categoria.
Beto Barata/PR
O presidente Michel Temer sanciona a reforma trabalhista ao lado de aliados
