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Cotidiano Domingo, 27 de Janeiro de 2008, 12:33 - A | A

Domingo, 27 de Janeiro de 2008, 12h:33 - A | A

Enersul extingue programa que beneficiava indústrias de MS

TV Morena

A Enersul comunicou às indústrias de Mato Grosso do Sul que irá extinguir a partir de fevereiro o Programa Energia Extra, que possibilitava aos grandes consumidores a aquisição de energia no horário de ponta a preços inferiores às tarifas homologadas pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

A medida pegou de surpresa as indústrias do Estado e o presidente da Fiems - Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul -, Sérgio Marcolino Longen, encaminha nesta sexta-feira (25/01) ofício à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (Agepan) para solicitar uma avaliação técnica dos argumentos apresentados pela concessionária de energia para suspender o programa.

Segundo Sérgio Longen, a Fiems pretende apurar se as alegações da Enersul são verdadeiras ou trata-se de alguma retaliação para o setor industrial em decorrência da atuação que a entidade desempenhou no processo que culminou na redução da tarifa de energia elétrica em Mato Grosso do Sul. “A suspensão do Programa Energia Extra trará danos e causará prejuízos ao setor industrial”, declara.

O presidente da Fiems lembra que, antes da implantação do Energia Extra, os grandes consumidores do Estado se utilizavam de geradores ou recorriam ao mercado para comprar energia a ser utilizada no horário de pico. Agora, destaca, a Enersul decide suspender o programa sem dar um tempo hábil para que as indústrias encontrem uma alternativa.

Alegações

Em comunicado enviado aos grandes consumidores de energia, a Enersul alegou que iria pôr fim ao programa devido à disponibilidade de energia do Proinfa - Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia – estar muito aquém dos valores programados originalmente pela Eletrobrás.

Além disso, a concessionária de energia aponta ainda a inexistência de oferta de energia para 2008 no leilão realizado no dia 6 de dezembro do ano passado e a elevação sensível dos preços de curto prazo em função do baixo volume de chuvas verificado a partir de outubro de 2007 nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, atingindo, no momento, patamares acima de R$ 500 por MegaWatts/hora (MWh). As informações são da assessoria da Fiems.

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