David Majella
Representantes do Ismac, Associação das Mulheres com Deficiência e Sociedade em Prol da Acessibilidade estiveram no local
Entidades que representam as pessoas com deficiência, como o Ismac (Instituto Sul-Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas), a Associação das Mulheres com Deficiência e a Sociedade em Prol da Acessibilidade, estiveram na manhã de ontem (14) na rua 14 de Julho, para testar a acessibilidade das obras do Reviva Centro. O grupo esteve durante toda a manhã percorrendo a via que está passando por requalificação.
Na primeira quadra a receber intervenção, entre a Fernando Corrêa da Costa e 26 de Agosto, a calçada com piso tátil e alguns elementos de mobiliário já foram instalados. Esse foi o trecho que teve a acessibilidade testada pelos cadeirantes e deficientes visuais durante a visita.
David Majella
Coordenadora do Reviva, Catiana Sabadin, fala sobre as obras
De acordo com a coordenadora do Reviva, Catiana Sabadin, o projeto inteiro atende as normas de acessibilidade, mas mesmo assim, representantes das entidades foram convidados para testar as obras. “Alguns detalhe que eles identificarem, podemos resolver, já que estamos no início. Além disso, conversamos com todos e alertamos que a obra não está finalizada, que é passível de adequações”, disse.
A presidente da Associação das Mulheres com Deficiência, Mirella Tosta, parabenizou a atitude da gestão municipal de ouvir quem realmente depende da acessibilidade no dia-a-dia: as pessoas com deficiência e com mobilidade reduzida.
“Eu me sinto como se tivesse conseguido ser ouvida e também que a minha luta, individual e coletiva, enquanto associação, está tendo resultado. Sabemos que não está pronto ainda, as pessoas precisam ter um pouco de calma, mas demos nossa contribuição no sentido de indicar que o trajeto não tenha nenhum tipo de saliência, nenhum degrau. Queremos sempre trabalhar em prol do bem comum”, disse.
Direitos
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Presidente da Associação das Mulheres com Deficiência, Mirella Tosta, falou ao Capital News sobre acessibilidade e direitos
Em entrevista ao Capital News, Mirella afirmou que a luta pela acessibilidade é diária e não se resume à apenas obras arquitetônicas. “A acessibilidade é muito mais amplo do que uma simples rampa, barras no banheiro. É muito mais! Acessibilidade é vida. Porque sem ela a gente não consegue realizar as tarefas do dia-a-dia, a gente não tem o nosso direito de ir e vir respeitado, a nossa segurança”, disse.
Em 2015, foi sancionada a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, criada com objetivo de garantir e promover a igualdade de direitos aos mais de 45 milhões de brasileiros que possuem algum tipo de deficiência. Entre as normas prevista, está a construção de obras de acessibilidade nos espaços públicos e privados, prioridade no atendimento e reserva de cargos em empresas com cem ou mais empregados.
