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Cotidiano Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 18:52 - A | A

Terça-feira, 12 de Dezembro de 2017, 18h:52 - A | A

Justiça

Envolvidos na operação Ouro de Ofir têm pedido de habeas corpus negado

Usando falso mina de ouro, Celso Éder de Araújo, Anderson Flores de Araújo e Sidnei dos Anjos Peró fizeram pelo menos 25 mil vítimas em todo o país

Flávio Brito
Capital News

A. Ramos/Capital News

 PF deflagra operação contra organização que cometia crimes financeiros

Operação Ouro de Ofir

Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região negaram os pedidos de habeas corpus de Celso Éder de Araújo, Anderson Flores de Araújo e Sidnei dos Anjos Peró. Os três são investigados pela operação Ouro de Ofir, da Polícia Federal, que investiga a atuação criminosa de uma instituição financeira clandestina. As vítimas do grupo eram convencidas a investir pelo menos R$ 1 mil em uma falsa mina de ouro com a promessa de que receberiam até R$ 1 milhão. O golpe fez pelo menos 25 mil vítimas em todo o país. As decisões sobre os pedidos para revogar as prisões dos investigados foram publicadas nesta segunda (11) e terça-feira (12).

 

Mensagens trocadas por meio do aplicativo WhatsApp foram usadas para justificar a manutenção das prisões. Sidnei dos Anjos Peró teve o pedido julgado pelo desembargador Andre Nekatschalow, que transcreveu parte das mensagens aos grupos que reúnem vítimas do golpe. 

 

“Então, eu posso dizer a vocês, que se existe uma fraude, não é nessa operação, não no nascedouro dela, não na transação que foi realizada, não na operação que foi realizada há 14 anos atrás, não no dinheiro que se originou dela. Se houve fraude, não é nisso, se houve algum despropósito não foi nessa operação. Então, meus amigos, eu quero dizer a vocês que nós estamos juntos, que nós vamos tomar todas as providências necessárias para o bom andamento da operação e para o término dela e conto com o apoio de vocês”, disse uma das participantes identificada como Mariah. 

 

Os outros dois investigados tiveram o pleito julgado pela desembargadora Consuelo Yoshida. A organização criminosa convencia as vítimas da existência de uma suposta mina de ouro que foi explorada há muito tempo e cujos valores oriundos das comissões para a revenda - feita nos Estados Unidos e Europa -  estariam sendo repatriados e cedidos, vendidos ou até mesmo doados a terceiros, mediante pagamentos. Outra modalidade de golpe é a promessa de liberação de uma antiga Letra do Tesouro Nacional – LTN.

 

O nome da operação é inspirado em uma cidade mitológica da qual seria proveniente um ouro de maior qualidade e beleza. Tal cidade nunca foi localizada e nem o metal precioso que seria de origem dele.

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