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Cotidiano Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 15:37 - A | A

Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 15h:37 - A | A

JBS

Força Sindical critica possibilidade de acordos de leniência nos Estados e cita o caso de MS

Sindicatos anunciam encontros nacionais para debater preservação de empregos da empresa

Flávio Brito
Capital News

Joédson Alves/EFE

JBS questiona decisão que a proibiu de vender ativos no Mercusul

 

 

Sindicatos vão promover encontros nacionais para discutir medidas e “traçar estratégias” para preservar as vagas de emprego dos funcionários da JBS. O anúncio foi feito pela Força Sindical, central que reúne entidades representativas dos trabalhadores em todo o país. “A única forma de proteger esses empregos é manter o acordo de leniência feito pelo Ministério Público Federal”, disse Vítor. “Os Estados têm de respeitar o acordo feito em âmbito federal, e não pleitear acordos de leniência separadamente”, explicou Antonio Vítor, presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo), filiada à Força Sindical.


“Os sindicalistas que têm nas bases de seus sindicatos frigoríficos da JBS realizarão um Encontro Nacional com representantes de todas as centrais sindicais para traçar uma estratégia e defender os empregos dos cerca de 230 mil trabalhadores da empresa no Brasil”, declarou.

De acordo com as informações divulgadas pela assessoria, foi realizada uma reunião nesta quarta-feira (18) na sede da Federação com representantes da JBS. A reunião foi para esclarecer como ficará a situação dos trabalhadores. Na reunião foram definidos mais dois pontos: realizar audiências públicas nos municípios onde existam frigoríficos da JBS para chamar a atenção das autoridades e da sociedade para o fechamento da unidade e fazer reuniões com representantes da JBS de frigoríficos da empresa no Canadá, Austrália e Estados Unidos.

A empresa teve mais de R$ 620 milhões bloqueados pela Justiça do Estado de MS, cita a nota a Força Sindical, e resolveu suspender as atividades de sete unidades no Estado, onde emprega 13.900 funcionários. Deste total, 6 mil estão com atividades suspensas. Apesar de fechar os frigoríficos, os trabalhadores continuam recebendo seus salários.“A JBS informa que, em função da insegurança jurídica instalada em Mato Grosso do Sul, suas sete unidades de carne bovina no Estado estão com as atividades de compra e abate paralisadas, por tempo indeterminado. Os colaboradores continuarão recebendo seus salários normalmente até que a Companhia tenha uma definição sobre o tema. A JBS esclarece que está empenhando seus melhores esforços para a manutenção da normalidade das suas operações e trabalha para proteger seus 15 mil colaboradores diretos e 60 mil indiretos em Mato Grosso do Sul”, respondeu a JBS, em comunicado oficial.

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