Agora, as Forças Armadas deverão ter presença permanente na fronteira de Mato Grosso do Sul com os países Paraguai e Bolívia. O presidente Michel Temer (PMDB) autorizou a medida atentendo pedido do Governo do Estado, durante reunião com os governadores das regiões Norte e Centro-Oeste em Brasília nesta quarta (18).
A governadora em exercício, Rose Modesto (PSDB) representou o Estado na reunião levando a pauta da fronteira. A reivindicação atende a pedido já feito pelo governador licenciado Reinaldo Azambuja (PSDB) ao Governo Federal, em reuniões anteriores sobre segurança pública.
Rose explicou que o pedido é parte de um pacote de solicitações do Estado para a segurança, que passam pela fronteira. “Temos uma faixa extensa que infelizmente não pode estar apenas sob cuidados do Estado, o Governo Federal precisa estar permanentemente atuando nesta faixa e de maneira massiva”, disse.
A presença das Forças Armadas com os dois países vizinhos será com feita com efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica, segundo informações da assessoria do governo estadual.
Ainda na reunião, estava prevista a assinatura de um Plano Nacional de Segurança Pública, que foi cancelada pelo presidente. Houve apenas o encontro com os governadores. “Por contra da crise no sistema prisional, os governadores do Norte e Centro Oeste entenderam que é preciso melhorar o pacto, para depois assiná-lo”, declarou ainda na quarta a governadora em exercício em entrevista à TV Morena.
Ainda de acordo com a assessoria, Temer deve aumentar o efetivo da Força Nacional no Estado. Cerca de 40% dos presos de Mato Grosso do Sul são provenientes do tráfico de drogas. O crime, transnacional, é custeado totalmente pelo Estado.