O pedreiro Felipe Castro de Souza foi condenado a 16 anos de prisão por homicídio doloso qualificado por meio cruel e feminicídio da adolescente Karoline Moraes Gomes, à época com 15 anos. O autor estrangulou e apedrejou a jovem até a morte após terem relações sexuais sem preservativos e a garota contar que era portadora de HIV.
O crime aconteceu em maio de 2018. Em depoimento, o autor contou que a jovem teria ameaçado contar à esposa dele sobre a traição. Mas o que teria feito ele ‘perder a cabeça’ foi o fato dela ter Aids. Nesse momento, ele pegou uma pedra grande e desferiu dois golpes contra a face da vítima, sendo que o crânio dela rachou com o impacto.
Durante a sessão de julgamento, que aconteceu nesta sexta-feira (15), a defesa sustentou a tese do privilégio da violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, já que ela só avisou que tinha a doença após a relação sem preservativo e ele se recusar a manter um relacionamento sério com a mesma.
“É como se ela dissesse, ‘você não quer ficar comigo, então você tá ferrado’”, narrou o advogado Willer Souza Alves Almeida. A defesa ainda pediu a exclusão da qualificadora de feminicídio já que, segundo os advogados, não houve discriminação à condição do sexo feminino por parte do autor.
No entanto, por maioria dos votos declarados, o Conselho de Sentença acolheu a tese da acusação e o condenou no homicídio qualificado.