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Cotidiano Quarta-feira, 08 de Novembro de 2017, 14:53 - A | A

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Saúde público

Infestação de Aedes aegypti gera alerta para três bairros de Campo Grande

Índice de Infestação Predial (IIP) revela que em 7% dos imóveis inspecionados na região leste da Capital foram encontrados focos positivos para o mosquito

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/PMCG

 Infestação de Aedes aegypti gera alerta para três bairros de Campo Grande

O Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande, apontou que três bairros estão em situação de risco de infestação do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya: Jardim Noroeste, Cidade Morena e Moreninhas. Os dados foram coletados entre os dias 23 e 27 de outubro e divulgados nesta terça-feira (7), pela Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais (CCEV).

Entre os três bairros que aparecem em estado de risco, o Jardim Noroeste é o recordista em número de focos. O Índice de Infestação Predial (IIP) revela que em 7% dos imóveis inspecionados foram encontrados focos positivos para o mosquito. O bairro Chácara dos Poderes, que integra o mesmo estrato (quantidade de imóveis selecionados para o levantamento), não apresentou nenhum imóvel positivo.

Nos bairros Cidade Morena e Moreninhas, que fazem parte do mesmo estrato, o IIP aponta que em 4,8% dos imóveis inspecionados foram encontrados focos positivos para o Aedes. Este índice também coloca a região em situação de risco.

O coordenador do CCEV, Eliasze Guimarães, explica que nestes locais o serviço de bloqueio será intensificado. “Vamos começar pelo Noroeste a mobilização em parceria com as unidades básicas de saúde (UBS/UBSF) destes bairros, as equipes dos agentes comunitários de saúde, de agentes de endemias e trabalhadores do Proinc (Programa de Inclusão Social) para intensificar as ações de eliminação dos criadouros do mosquito. Além disto, precisamos contar com a colaboração e o apoio da população, pois 80% dos focos estão dentro das residências”, ponderou.

Casos
Em 2017 foram notificados 2.021 casos de dengue, enquanto que no ano anterior, 28.469 notificações foram registradas. “Mesmo com a baixa quantidade de casos, a população não pode descuidar, precisa estar atenta e eliminar os focos de criadouros do mosquito antes que o período chuvoso comece”, enfatizou Eliasze.

Em relação aos casos de zika, foram 118 notificações em 2017, ante 4.594 no ano anterior. Já a chicungunha, foram registrados 265 casos no ano passado, enquanto que até agora, 70 notificações foram apresentadas.

Orientações
O mosquito Aedes aegypti se reproduz em locais com água parada. Ele é o transmissor da dengue, chicungunha e zika vírus. Esta última esta relacionada com o aumento de microcefalia em recém-nascidos.

Evite locais que possam acumular água, como: bandejas de ar-condicionado, calhas, pneus velhos, caixas d’água destampadas, garrafas, vasos de flor e também recipientes jogados em lixo descoberto.

“A inspeção em casa deve ser um hábito semanal do morador. Ele deve olhar e ficar atento aos locais menos óbvios que podem ser criadouros. Até mesmo a vasilha de água dos cães e gatos precisa ser limpa periodicamente para evitar que o mosquito se desenvolva ali. Os quintais devem ser inspecionados frequentemente, pois nestes locais há muitos recipientes que podem acumular água”, afirma Eliasze.

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