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Muitas mães não têm condições ou não querem criar os filhos por algum motivo, através do projeto, recém-nascidos são encaminhados a lar adotivo
Época de renascimento, amor, carinho, união, porém, essa realidade nem sempre é para todos, podendo demorar a acontecer para alguns bebês e seus futuros pais. E para acelerar o processo de adoção existem iniciativas como o Projeto Dar a Luz que garantem que todos os recém-nascidos entregues para adoção na Maternidade Cândido Mariano recebam um lar.
O Projeto Dar a Luz iniciou quando a juíza Katy Braun, a psicóloga Sandra Regina Monteiro Salles e a assistente social Vanessa Vieira, idealizadoras do programa, perceberam a grande quantidade de mulheres que abandonam seus filhos ou procuram desconhecidos para assumirem sua criação, por não saberem que entregar o bebê à adoção não é crime. O projeto também é uma alternativa para as mulheres que engravidaram sem desejar e cogitam abortar, pois, o aborto, nessa
hipótese, não é permitido do Brasil.
Segundo informações da assessoria da Maternidade Cândido Mariano,“Já aconteceu de mães chegarem na recepção ou depois do parto e falarem que não querem levar o bebê para a casa”, relata Taline Mara Ricardino, assistente social da Maternidade Cândido Mariano. Essa prática é comum e não acontece apenas em um grupo específico de gestantes. “Tivemos pacientes advogadas, mulheres de classe média alta e bem instruídas. A variedade de motivos para entregar o recém-nascido
é muito grande”, complementa.
Para a psicóloga da Maternidade Cândido Mariano, Jackeline Medeiros, a mãe que entrega o filho para adoção é uma temática polêmica desde os tempos mais antigos porque abala um dos pilares da sustentação da família, que é a mulher maternando, e que ao mesmo tempo torna-as estigmatizadas e vistas com estranhamento quando não ocorre. “Não cuidar do seu próprio filho é tido como algo monstruoso, que mexe com o pensamento da sociedade”, analisa.