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Cotidiano Terça-feira, 25 de Dezembro de 2018, 08:07 - A | A

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Ação Social

Maternidade tem projeto para auxiliar mães que desejam entregar filhos para adoção

Muitas mães não têm condições ou não querem criar os filhos por algum motivo, através do projeto, recém-nascidos são encaminhados a lar adotivo

Flavia Andrade
Capital News

Divulgação

Maternidade realiza projeto Dar a Luz para auxiliar mães que desejam entregar filhos para adoção

Muitas mães não têm condições ou não querem criar os filhos por algum motivo, através do projeto, recém-nascidos são encaminhados a lar adotivo

Época de renascimento, amor, carinho, união, porém, essa realidade nem sempre é para todos, podendo demorar a acontecer para alguns bebês e seus futuros pais. E para acelerar o processo de adoção existem iniciativas como o Projeto Dar a Luz que garantem que todos os recém-nascidos entregues para adoção na Maternidade Cândido Mariano recebam um lar.

 

O Projeto Dar a Luz iniciou quando a juíza Katy Braun, a psicóloga Sandra Regina Monteiro Salles e a assistente social Vanessa Vieira, idealizadoras do programa, perceberam a grande quantidade de mulheres que abandonam seus filhos ou procuram desconhecidos para  assumirem sua criação, por não saberem que entregar o bebê à adoção não é crime. O projeto também é uma alternativa para as mulheres que engravidaram sem desejar e cogitam abortar, pois, o aborto, nessa  

hipótese, não é permitido do Brasil.

 

Segundo informações da assessoria da  Maternidade Cândido Mariano,“Já aconteceu de mães chegarem na recepção ou depois do parto e falarem que não querem levar o bebê para a casa”, relata Taline Mara Ricardino, assistente social da Maternidade Cândido Mariano. Essa prática é comum e não acontece apenas em um grupo específico de gestantes. “Tivemos pacientes advogadas, mulheres de classe média alta e bem instruídas. A variedade de motivos para entregar o recém-nascido  

é muito grande”, complementa.

 

Para a psicóloga da Maternidade Cândido Mariano, Jackeline Medeiros, a mãe que entrega o filho para adoção é uma temática polêmica desde os tempos mais antigos porque abala um dos pilares da sustentação da família, que é a mulher maternando, e que ao mesmo tempo torna-as estigmatizadas e vistas com estranhamento quando não ocorre. “Não cuidar do seu próprio filho é tido como algo monstruoso, que mexe com o pensamento da sociedade”, analisa.

   

 

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