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Cotidiano Quarta-feira, 23 de Maio de 2018, 16:10 - A | A

Quarta-feira, 23 de Maio de 2018, 16h:10 - A | A

Operação Oiketicus

Militares investigados por esquema de corrupção são ouvidos pelo Gaeco

Grupo cobrava propina de contrabandistas de cigarro para facilitar o trânsito em rodovias estaduais, aponta o MPMS

Flávio Brito
Capital News

Foram ouvidos nesta quarta-feira (23) os investigados pela Operação Oiketicus. Seis policiais militares que prestaram depoimento nesta manhã são associados à Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de Mato Grosso do Sul (ACS) e foram acompanhados pelo advogado da entidade, Edmar Soares da Silva. “Eu entendo que esclareceu às autoridades, aos promotores lá presentes, que não há vínculo dos nossos policiais com nenhuma organização criminosa”, afirma Edmar, ao se referir ao membros da ACS. 

 

A. Ramos/Capital News

Foto da fachada da Gaeco

Gaeco ouviu os investigados nesta quarta-feira

O advogado é responsável pela defesa de sete associados, que tiveram o pedido de liminar negado e agora esperam pelo julgamento do habeas corpus. “Vamos aguardar os próximos andamentos”, disse Edmar, informando que todos os investigados ligados à ACS responderam às perguntas. Os promotores buscavam esclarecimentos sobre os fatos apurados e documentos apreendidos na primeira fase da operação. 

 

As investigações correm no âmbito do Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e visam desarticulação de organização criminosa composta por policiais militares que atuam, primordialmente, na facilitação do contrabando de cigarros. 

 

De acordo com os investigadores, o grupo cobrava propina dos contrabandistas para facilitar o trânsito em rodovias estaduais e atuava na distribuição em municípios, como também tentava dificultar a atuação de outras forças de segurança na investigação desse tipo de crime. As rotas que os investigados atuavam tinham ligação com a Bolívia e o Paraguai.

 

Na primeira fase da operação, foram presos 21 policiais militares em todo o Estado, entre eles praças e oficiais. Também hoje, enquanto os investigados eram ouvidos, novos mandados de busca e apreensão foram cumpridos.   Os investigados  estão lotados Campo Grande, Dourados, Jardim, Bela Vista, Bonito, Naviraí, Maracaju, Três Lagoas, Brasilândia, Mundo Novo, Nova Andradina, Boqueirão, Japorã, Guia Lopes, Ponta Porã e Corumbá.

 

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