Uma paralisação de motoristas do transporte coletivo de Campo Grande gerou confusão durante a manhã desta quinta-feira (15), no Terminal Morenão. Os ônibus fecharam as entradas e saídas do terminal, na Avenida Costa e Silva. Os motoristas exigem que seja revista a Lei municipal 4.584, de 2007, que estabelece multas em caso de atraso para a chegada dos ônibus nos terminais da capital.
Saiba mais
Diretor de Consórcio diz que paralisação de motoristas foi precipitada
Demétrio Ferreira de Freitas, representante do Sindicato dos Trabalhadores do transporte Coletivo e Urbano de Campo Grande, não considera correto que as multas em caso de atraso sejam pagas pelos motoristas. “Os motoristas estão recebendo multas de até R$ 300 reais e isso não é correto. Quem deve pagar são as empresas e não eles. Além disso, a lei ainda prevê que com 20 pontos decorrentes destas multas, o motorista seja demitido”, afirma.
O diretor do Consórcio Guaicurus, João Rezende, afirmou que a atitude dos motoristas é precipitada. “Deve haver o diálogo nesta situação. As multas são pagas pelos motoristas somente quando o atraso é ocasionado por um erro deles. No entanto, quando decorre de um fator que eles não são culpados, eles devem apresentar um relatório ao Consórcio e assim não terão o valor descontado no salário”, explicou.
Segundo a vendedora Vanessa Andrade, as pessoas ficaram divididos em relação a paralisação dos motoristas. “Alguns passageiros ficaram bravos devido ao atraso, outros concordaram com a causa defendida pelos motoristas e apoiaram o movimento”, afirmou.
Deurico/Capital News

Júlia Barbosa foi prejudicada com a paralisação e se atrasou para chegar ao local de trabalho
Júlia Barbosa foi prejudicada com a paralisação, pois se atrasou para chegar ao local de trabalho. “No momento em que os motoristas pararam aqui, eu estava em um outro ponto, mas a paralisação me prejudicou muito. Eu tinha que entrar no meu trabalho as 8h e conseguirei chegar somente as 10h30”, lamentou.
Os ônibus puderam voltar a circular e a paralisação teve fim, somente por volta das 9h30 da manhã, quando o diretor de Transporte da Agência Municipal de Trânsito (Agetran), Luiz Renato, aceitou receber o sindicato para um diálogo na sede da empresa. Os motoristas da empresa não quiseram se manifestar sobre o caso.