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Cotidiano Quarta-feira, 27 de Abril de 2011, 09:40 - A | A

Quarta-feira, 27 de Abril de 2011, 09h:40 - A | A

MPE investiga mordomias no Presídio Militar da Capital

Eduardo Penedo (capitalnews)

O Ministério Público Estadual (MPE) investiga denúncias de irregularidades no Presídio Militar de Mato Grosso do Sul. O inquérito instaurado há uma semana revela que os detentos cumprem pena confortavelmente e até com certas regalias e direito até a churrasqueira no pátio.

Ontem (26), o promotor Fernando Esgaib esteve no presídio acompanhado do comandante interino da Companhia de Guarda e Escolta tenente-coronel Sólon, para saber qual a situação do local depois da inspeção no mês passado em que a promotoria teria comparado o local a uma colônia de férias.
Conforme o promotor, o inquérito foi instaurado sem prazo para ser concluído até que todas as providências sejam tomadas para a adequação do local. “O objetivo final é resolver a situação”, afirmou.

O Presídio Militar Estadual funciona no complexo penitenciário do Estado e 25 policiais militares que cometeram crimes estão no local, sendo que 16 deles estão ou deveriam estar em regime fechado.

Durante a vistoria feita pelo promotor foi constatado inúmeras regalias que os detentos militares trem como celas com televisão de tamanho acima do permitido (14 polegadas), facas proibidas dentro de qualquer unidade prisional e até equipamentos de video game e informática. Até marcas churrasqueiras foram encontradas no local.

O MPE aponta ainda, outra irregularidade: detentos que deveriam cumprir pena no presídio estão na sede da companhia de escolta da Polícia Militar que funciona dentro do complexo penitenciário, mas a sede é apenas administrativa e não possui celas, o que foge do regimento penal.

Diante a tantas denúncias, o promotor vai cobrar explicações do Secretário de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini. “As autoridades envolvidas com a segurança pública, o Secretário, ele também como o Secretário de Justiça, que é a pasta responsável pela execução penal a nível estadual”.
 

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