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Cotidiano Quarta-feira, 26 de Abril de 2017, 13:24 - A | A

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Trabalho prisional

MS tem o maior índice de detentos trabalhando, aponta Ministério da Justiça

Cerca de 5,7 mil custodiados da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário exercem atividades laborais

Alline Gois
Capital News

Divulgação/Agepen

MS tem o maior índice de detentos trabalhando, aponta Ministério da Justiça

Nos últimos 10 anos a agência penitenciária ampliou em 117% o total de reeducandos trabalhando, afirma Aud de Oliveira Chaves

 

Mato Grosso do Sul é o estado brasileiro com o maior índice de detentos trabalhando, com 37% da massa carcerária, um total de 17 pontos percentuais acima da média nacional, que é de 20%, segundo Dados do Sistema de Informações Penitenciárias (Infopen), do Ministério da Justiça.

Cerca de 5,7 mil custodiados  da Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) exercem atividades laborais. Desse número, mais da metade trabalham de forma remunerada.  Os trabalhos desempenhados nos presídios do Estado ou por internos que estão em regimes brandos são desenvolvidos por meio de cooperação entre a Agepen e empresas do setor privado ou pública, ou por programas mantidos pelas unidades penais.

Para o diretor-presidente da Agepen, Aud de Oliveira Chaves, há uma conscientização cada vez mais crescente por parte dos empresários e da sociedade em relação à ocupação da mão de obra prisional. Ele destaca que nos últimos 10 anos a agência penitenciária ampliou em 117% o total de reeducandos trabalhando. “Hoje temos 145 parcerias de trabalho com empresas e outras 27 conseguidas através dos conselhos da comunidade, nas mais variadas áreas, como o alimentício, construção civil, indústria frigorifica, entre outros”, expõe.

Aud explica que o trabalho prisional é regido pela Lei de Execução Penal (LEP) e gera várias vantagens aos empregadores.  Ele acrescenta que os avanços que estão sendo conquistados advêm também da qualificação da mão de obra prisional. Neste ano, por meio de parcerias da Agepen, 977 reeducandos participaram de cursos de qualificação e outras 4,5 mil vagas em capacitação profissional foram solicitadas ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Para o reeducando João Leite Batista, que trabalha na oficina de fabricação de ferragens do Instituto Penal de Campo Grande (IPCG), “trabalhar é um verdadeiro passaporte para a liberdade, além de diminuir minha pena, estou podendo aprender uma nova profissão, conhecimento que sei que ajudará quando eu sair daqui”, declara.

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