Que anualmente o mês de Outubro é dedicado a ações de prevenção ao câncer de mama todos sabem. Também conhecem o objetivo que é o de incentivar as mulheres a criarem uma rotina de exames em busca do tratamento em fase ainda inicial. Porém, pouco se comenta diretamente sobre a importância da autoestima das pacientes após o enfrentamento à doença.
É por isso que Paulo Hypacio, especialista em cirurgia plástica pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, fala sobre a reconstrução mamária, procedimento cirúrgico reparador que pode ser feito após a retirada parcial ou total da mama em decorrência do tratamento contra o câncer.
Segundo o médico, a maioria das mulheres que passam pela mastectomia tem indicação para a reconstrução. Algumas enxergam a cirurgia como uma oportunidade única de recomeçar e de se sentir bem com o corpo outras ainda enfrentam o medo e optam por não fazerem o transplante de prótese.
Direito
Desde 2013, pela Lei 12.802/2013, a paciente tem o direito de realizar a cirurgia reparadora por meio do SUS. Ela pode ser feita em seguida à retirada do tumor, quando houver condições médicas. “Caso a paciente não possa realizar a reconstrução imediatamente, a paciente deverá ser encaminhada para acompanhamento clínico para ser feita meses depois”, ressaltou o especialista.
A reconstrução da mama envolve prótese mamária, expansor de tecidos, tecidos, músculos e peles do abdômen ou músculo das costas com implante mamário. A cirurgia busca restaurar a mama considerando a forma, a aparência e o tamanho.
De acordo com o médico, os resultados estéticos são bastante satisfatórios e as mulheres que se submetem à reconstrução sentem-se muito melhor do que as que não a fazem. “A reconstrução mamária é um procedimento que é emocionalmente gratificante para a mulher que perdeu a mama devido ao câncer. O método melhora radicalmente sua autoestima, autoconfiança e qualidade de vida”, destacou Paulo Hypacio.