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Cotidiano Domingo, 17 de Setembro de 2017, 11:54 - A | A

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Ressocialização

Oficina de trabalho proporciona atividade produtiva e remunerada para detentas na Capital

Além da remição da pena de um dia a cada três trabalhados, as internas recebem remuneração mensal de 3/4 do salário mínimo

Fernanda Freitas
Capital News

Divulgação

Oficina de trabalho proporciona atividade produtiva e remunerada para dententas na Capital

Com sete horas de trabalhos diários, as atividades das internas consistem em separar as peças, encartelar e plastificar

O Estabelecimento Penal Feminino “Irmã Irma Zorzi” (EPFIIZ), na Capital, conta com mais uma oficina de trabalho que proporciona atividade produtiva e remunerada às internas. A nova parceria firmada pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen), por meio da Divisão de Trabalho, engloba o encartelamento e embalagem de produtos elétricos, hidráulicos e ferragens em geral.

 

Iniciada há pouco mais de um mês, a oficina utiliza a mão de obra de três internas e são embaladas mais de 1,2 mil peças por dia. A empresa parceira atua na distribuição dos produtos embalados para todo o Estado e instalou no presídio duas máquinas: uma de encartelar e outra de corte de embalagens. Todo o manuseio dos equipamentos é coordenado por um funcionário da empresa e a segurança é realizada por agentes penitenciárias.

 

Com sete horas de trabalhos diários, as atividades das internas consistem em separar as peças, encartelar, plastificar no sistema a vácuo e realizar o corte das embalagens. Todos os dias a empresa retira os produtos já prontos para a comercialização. Além da remição da pena de um dia a cada três trabalhados, as internas recebem remuneração mensal de 3/4 do salário mínimo.

 

Segundo a diretora do EPFIIZ, Mari Jane Boletti, possibilitar ocupação remunerada às mulheres privadas de liberdade é uma ferramenta eficaz de reintegração. “O trabalho, aliado à qualificação profissional, é uma alternativa saudável para o retorno ao convívio social, além de ser um incentivo ao bem-estar e à autoestima das internas”, ressalta.

 

“Trabalhar significa regeneração, é uma forma de se transformar como ser humano, isso me edifica. É muito importante, porque me sinto mais calma e penso antes de tomar qualquer decisão”, desabafa Hosana dos Santos, 29 anos, que está presa há um ano.

 

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