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Cotidiano Sexta-feira, 28 de Abril de 2017, 08:12 - A | A

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Paralisação Nacional

Ônibus não saem da garagem e usuários enfrentam dificuldades durante greve

Movimento nos terminais é baixo nesta sexta-feira; empresas aderiram à greve nacional

Liniker Ribeiro
Capital News

Liniker Ribeiro/Capital News

Ônibus não saem da garagem e usuários enfrentam dificuldades durante greve

Ônibus estão estacionados ao lado do Terminal Bandeirantes

Adesão à greve nacional contra as reformas trabalhista e previdenciária, propostas pelo presidente em exercício Michel Temer, fez com que terminais de ônibus amanhecessem fechados na manhã desta sexta-feira (28), em Campo Grande. Quem depende do transporte público para ir trabalhar está enfrentando dificuldades.

No Terminal Bandeirantes, região sudoeste da cidade, quase nenhuma movimentação. Poucas pessoas aguardam o retorno dos coletivos. Entre elas, a profissional da limpeza, Jediane Silva de Souza, de 33 anos, que mora no Jardim Noroeste, mas passou à noite na casa de uma amiga para ficar mais fácil de ir trabalhar. Mesmo assim, não conseguiu coletivo para chegar serviço.

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Ônibus não saem da garagem e usuários enfrentam dificuldades durante greve

Sem coletivo, Jediane não conseguiu chegar no horário no serviço

“Entro 8 horas e, desde a hora que eu cheguei, nenhum ônibus passou por aqui. Moro lá no noroeste, mas eu vim dormir na casa de uma amiga para ficar mais perto, mas não adiantou nada. Agente fica sem saber o que fazer, com pés e mãos atadas”, relatou Jediane.

Apesar do imprevisto, os trabalhadores afirmam ser a favor da paralisação. “Se a gente não lutar contra os nossos direitos, quem vai?”, relata Pedro Augusto Camargo, de 27 anos.

Na empresa onde Lucas Alves Pereira, de 25 anos, trabalha, o supervisor foi quem saiu mais cedo de casa para poder buscar alguns funcionários. “Gostei da iniciativa da empresa, não é fácil ter que tirar do bolso para pagar um mototaxi, taxi ou até mesmo Uber. Pagar para poder trabalhar? Se eles não tivessem buscado a gente, teria sido complicado trabalhar”.

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Ônibus não saem da garagem e usuários enfrentam dificuldades durante greve

Terminal Bandeirantes amanheceu vazio nessa sexta-feira

Greve
Convocada por centrais sindicais e movimentos sociais, a greve geral marcada para esta sexta-feira (28) em protesto contra as reformas trabalhista e da Previdência, que tramitam no Congresso Nacional, e a Lei da Terceirização deve ter a adesão de diversas categorias profissionais, que realizaram assembleias nos últimos dias e decidiram pela paralisação em várias cidades do país. A maioria atua nos serviços de transporte coletivo, aeroportos e escolas.

A greve de um dia foi convocada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB), Intersindical, Central e Sindical Popular (CSP/Conlutas), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, Nova Central, Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).

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