Campo Grande Quinta-feira, 18 de Abril de 2024


Cotidiano Quarta-feira, 20 de Junho de 2018, 11:54 - A | A

Quarta-feira, 20 de Junho de 2018, 11h:54 - A | A

SAÚDE

Pacientes podem ter de percorrer longas distâncias para receber tratamento médico

Preocupação foi apresentados aos deputados por vereadores da região leste do Estado, em relação a uma determinação do Ministério da Saúde

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Agesul

Pacientes podem ter de percorrer longas distâncias para receber tratamento médico

Construído num terreno de 26.466,28m², o prédio de 15.687,00 m² terá capacidade para 138 leitos e será um polo de atendimento

Uma resolução do Ministério da Saúde pode alterar a atual configuração que divide o atendimento de saúde do Estado e obrigar pacientes a percorrer longas distância para receber tratamento médico. Pela resolução, conforme informações da assessoria de imprensa da Assembleia Legislativa, a atenção em saúde, alta complexidade deixaria de ser feita nos atuais polos de Campo Grande, Três Lagoas, Corumbá e Dourados.

 

Para tratar do assunto, os deputados estaduais Eduardo Rocha (MDB), Professor Rinaldo (PSDB) e o presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (MDB), receberam na manhã desta quarta-feira (20) vereadores da região Leste do Estado, que pediram a intermediação junto ao Governo Federal para que se mantenham as quatro macrorregiões de Mato Grosso do Sul. 

 

Luciana Nassar/ALMS

Pacientes podem ter de percorrer longas distâncias para receber tratamento médico

Deputados receberam na manhã desta quarta-feira (20) vereadores da região Leste do Estado,

“A CIT 37 quer que cada macrorregião tenha entre 500 mil e 700 mil habitantes para o atendimento de alta complexidade. Porém nosso Estado tem uma peculiaridade de ter grandes distâncias entre as cidades. Imagina a região de Corumbá, que atende o Pantanal e Ladário. Se todo mundo tiver que vir ser atendido em Campo Grande vai ficar inviável”, explicou o presidente Junior Mochi.

 

“Pense em alguém que necessite de hemodiálise, que já sofre e ainda tem que se deslocar grandes distâncias semanalmente. Vamos defender que se mantenham as quatro regiões”, exemplifica o deputado Professor Rinaldo (PSDB). 

 

Conforme os encaminhamentos da reunião, o deputado Eduardo Rocha apresentará uma indicação ao governo Federal e ao Ministério da Saúde para que revejam a situação. “Vamos enviar o documento em nome da Casa de Leis, com a assinatura dos 24 deputados. Se mudarem terá local que ficará mais sobrecarrregado do que já está, por exemplo, Campo Grande que já atende 1,4 milhão habitantes”, justificou.

 

Em nome dos vereadores de Três Lagoas, a vereadora Marisa Rocha (PSB), agradeceu a sensibilidade de todos. “Na nossa cidade temos infraestrutura e recursos humanos preparados para atender alta complexidade. Nos falta apenas a habilitação do Ministério da Saúde, que com essa resolução nos impede de ampliar os atendimentos. Por isso agradeço o empenho e união de todos para que possamos intervir junto ao Governo Federal”, enfatizou.

 

Divulgação/Agesul

Pacientes podem ter de percorrer longas distâncias para receber tratamento médico

Obras do Hospital Regional de Três Lagoas (HRTL) seguem em ritmo intenso de trabalho, com cerca de 114 trabalhadores

Representando o Governo do Estado, a coordenador- geral de Planejamento da Secretaria de Estado, Ana Paula de Souza Araújo, disse que a resolução permite análise para que se mantenha a atual configuração. “Nós vamos enviar justificativa para que se mantenham as quatro macrorregiões para que seja possível a continuidade do plano de descentralização da saúde em longo prazo. Assim, viabilizará a sequência de investimentos”, finalizou Ana Paula.

 

Comente esta notícia


Colunistas LEIA MAIS