Campo Grande Sexta-feira, 26 de Abril de 2024


Cotidiano Sábado, 27 de Abril de 2019, 12:54 - A | A

Sábado, 27 de Abril de 2019, 12h:54 - A | A

Moradia

Parceria do Governo do Estado e Município regularizarão loteamento de Aldeia Indígena

Mais de 1 milhão de reais retornam aos cofres públicos para posterior investimentos em toda a região que abriga o loteamento

Juliana Brum
De Três Lagoas para o Capital News

Divulgação/PMCG

Parceria do Governo do Estado e Município regularizarão loteamento de Aldeia Indígena da Capital

Parceria feita em 2018 toma forma neste ano

 

 

Esta semana o loteamento indígena Novo Dia, localizado no parcelamento Bosque Santa Mônica (região urbana do Imbirussú), recebeu o Prefeito Marquinhos Trad e o Diretor Presidente da Agraer, para oficializar a regularização, que simboliza um avanço considerável na área de habitação de interesse social, já que esta foi a primeira aldeia urbana do Brasil efetivamente regularizada.

 

Com centenas de áreas passíveis de regularização em Campo Grande, Governo do Estado e Prefeitura Municipal se uniram por meio da assinatura de um termo de Cooperação Técnica entre a Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer) e a Agência Municipal de Habitação de Campo Grande (Emha) ainda em 2018, para realização de atividades que pudessem concluir os processos há muito tempo paralisados. E foi conseqüência desta parceria que a aldeia recebeu esta visita agora.

 

Segundo Jadir Bocato, gerente de Regularização Fundiária e Cartografia da Agraer, amparados pela Lei Federal 13.465/2017 que ofereceu mecanismos menos burocráticos de regularização, as duas instituições se uniram, cabendo à Emha a identificação dos lotes irregulares e à Agraer a realização das primeiras atividades de levantamento e elaboração de relatórios que apontassem as adequações que se faziam necessárias em cada loteamento ser regularizado.

 

As áreas ou assentamentos irregulares se caracterizam pela precariedade ou insegurança jurídica dos ocupantes das moradias, localizadas em terrenos de propriedade alheia ou localizados em áreas de proteção ambiental, tais como margens de rios, estuários, encostas e topos de morro. O diretor de Regularização Fundiária, Márcio Sakai, explicou que as ocupações irregulares são danosas tanto ao município quanto ao cidadão: “A falta do título de propriedade culmina em diversas consequências negativas para todos os lados, tanto economicamente quanto socialmente. Por isso, a regularização é um instrumento de cidadania e desenvolvimento. ”

 

A viabilização da regularização fundiária no local, além de valorizar os imóveis, propicia a devida segurança jurídica das famílias, com os lotes devidamente documentados junto ao cartório com averbação em nome do novo proprietário. Cada beneficiário terá sua matrícula individual, inscrição municipal, endereço com numeração predial oficial. Dessa forma, os indígenas poderão investir em melhorias na casa, bem como terão a oportunidade de participar de programas de crédito específico, uma vez quem possuem a posse dos lotes.

 

Com a regularização fundiária deste loteamento, mais de 1 milhão de reais retornam aos cofres públicos para posterior investimentos em toda a região que abriga o loteamento.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS