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Cotidiano Quinta-feira, 24 de Agosto de 2017, 17:23 - A | A

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Paralisação

Polícia Militar e Bombeiros não atenderão ocorrências durante 24 horas

A decisão foi tomada após o Governo do Estado encerrar negociações com a categoria

Fernanda Freitas
Capital News

ACSPMBM/MS

Polícia Militar e Bombeiros não atenderão ocorrências durante 24 horas

Os militares foram unânimes e recusaram o reajuste oferecido

Policiais militares e bombeiros de Mato Grosso do Sul decidiram, em assembleia geral nesta quinta-feira (24), deixar de atender ocorrências durante 24 horas na próxima semana. Na terça-feira (29), assembleias serão realizadas nas 12 regionais da Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar de Mato Grosso do Sul (ACS), em todo o Estado, e também na Capital, para definir as estratégias da paralisação.

Segundo a assessoria de comunicação da ACS, a decisão foi tomada após o Governo do Estado encerrar negociações com a categoria. Ontem, o presidente da ACS, Edmar Soares da Silva, levou a contraproposta dos servidores militares ao Executivo, pedindo no mínimo paridade com o reajuste dado à Polícia Civil. No entanto, a recepção foi negativa.

“O Governo diz que não tem condição de avançar em mais nada. Mantiveram as portas abertas somente para dizer que vão manter o tratamento diferenciado dado à Polícia Civil. O Governo não cumpriu a palavra em estabelecer o que havia sido firmado no ano passado”, disse Edmar.

Ainda de acordo com a Associação, na última rodada de negociações, o Executivo propôs um aumento de 0,40% no salário de cabos e soldados em relação ao do coronel, e de 0,20 de subtenentes e sargentos. Em linhas gerais, o reajuste do soldado passaria a 5,49%, do cabo 5,01%, terceiro-sargento 3,82%, segundo-sargento 3,69%, primeiro-sargento 3,55%, e subtenente 3,48%. Oficiais seguiriam com o reajuste anteriormente proposto, de 2,94%.

Os militares foram unânimes e recusaram o reajuste oferecido, principalmente pelo fato de a Polícia Civil ter um reajuste na casa dos 7%.

Sem aumento

O último reajuste concedido aos policiais militares e bombeiros de Mato Grosso do Sul foi dado em dezembro de 2014. O aumento foi resultado do aquartelamento feito pelos servidores em maio de 2013, que garantiu três reajustes no período de um ano e sete meses.

Em 2015, o aumento não foi dado, sob justificativa de que reposição havia sido ‘adiantada’ pela gestão anterior. A ACS, então, judicializou a questão.

Já no ano passado, um abono de R$ 200 foi dado a todos os servidores, além de correções nos quinquênios. O Executivo, porém, garantiu a verticalização, luta antiga da ACS. Assim, até 2018, o salário de um soldado em início de carreira chegará a 20% do que ganha um coronel. (Com Assessoria)

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