A greve nacional dos trabalhadores da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos) que começou nessa quarta-feira (14) deve prejudicar diretamente a população campo-grandense. Apenas 30% dos funcionários estão trabalhando e priorizando a entrega de documentos urgentes, dessa forma, cartas e faturas devem chegar atrasadas.
A informação foi dada pelo secretário geral do sindicato de MS, Alexandre Takachi de Sá, durante passeata realizada pelos trabalhadores na tarde desta quarta-feira (14).
Atualmente existem 820 trabalhadores em Campo Grande e 1.450 no Estado.
Os trabalhadores alegam que estão sem reajuste salarial há dois anos. A data base da categoria é 1º de agosto e eles ainda reivindicam melhores condições de trabalho.
A expectativa é de que o número reduzido de trabalhadores deixa 120 mil objetos de entrega (cartas, boletos, encomendas e Sedex) parados nos Correios. Em todo Estado, o número de objetos de entrega é de 160 mil.
A greve dos funcionários de Campo Grande acompanha a paralisação nacional que não tem prazo para terminar.
Para Júlio César Albino, que tem 52 anos e trabalha há 24 nos Correios, a greve é necessária e em poucos dias irá resolver o problema. “Já participei de vária greves e não tenho medo de sofrer retaliação, pois a nossa paralisação é necessária para alcançar nossos direitos”, destaca Júlio.
Os trabalhadores querem que os salários sejam corrigidos em 7,16% como forma de repor as perdas da inflação. Querem também a incorporação de R$ 400 ao salário base dos servidores.
Um carteiro iniciante ganha R$ 842 para trabalhar 40 horas na semana. Com a correção e incorporação dos R$ 400, o salário inicial saltaria para cerca de 1,3 mil.
