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Cotidiano Segunda-feira, 07 de Maio de 2018, 13:55 - A | A

Segunda-feira, 07 de Maio de 2018, 13h:55 - A | A

Desenvolvimento urbano

Projeto revitalização do Centro tem data marcada para iniciar as obras

Base da concepção urbanística do projeto é transformar trecho da 14 de Julho, a mais tradicional da cidade, em um shopping a céu aberto

Flávio Brito
Capital News

A Prefeitura Municipal de Campo Grande de fazer no dia 15 de maio o lançamento das obras projeto de revitalização do Centro de Campo Grande.   Durante agenda pública durante este final de semana, o prefeito Marquinhos Trad (PSD) informou que as obras começam na segunda quinzena de maio. Há menos de um mês, o chefe do Executivo municipal participou, em Brasília, de uma reunião técnica do projeto Viva Campo Grande II, de revitalização da rua 14 de Julho e Centro de Campo Grande. As reuniões, com participação do Ministério do Planejamento e Tesouro Nacional, são exigências para o empréstimo liberado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 

Reprodução do projeto/Divulgação

  Projeto revitalização do Centro começa na segunda quinzena de maio

Imagem reproduz mudanças previstas na rua 14 de Julho

O investimento previsto é de R$ 54,8 milhões, cerca de US$ 14,5 milhões, parcela do empréstimo de US$ 56 milhões contratados junto ao BID para viabilizar o Reviva Centro). “Estou acompanhando de perto porque o projeto é de extrema importância. Ele vai mudar a cara da nossa cidade. Estamos empenhados em executá-lo no menor tempo e com a maior eficiência possível”, declarou o prefeito. 

 

A comissão da Prefeitura apresentou dados sobre a contratação já realizada e outros trâmites necessários, como por exemplo, um plano de mitigação de impacto socioambiental, que já havia sido apresentado.

 

“Viemos para relatar a programação de desembolso para este ano, perspectiva de quanto já temos efetivamente contratado, que está em 23 milhões de dólares. E passar perspectiva de algumas cláusulas contratuais que devemos cumprir.  São várias ações do projeto que temos que  prestar contas porque o BID tem um contrato muito rigoroso, com várias  cláusulas que temos que cumprir para dar andamento nas ações”, detalhou Catiana Sabadin.

 

O projeto

A base da concepção urbanística do projeto é transformar a 14 de Julho (da Afonso Pena a Cândido Mariano), rua mais tradicional da cidade, em um shopping a céu aberto. O Calçadão terá áreas de convivência  implantadas em baias; arborização; bicicletários e conexão wi-fi com internet.

 

A calçada será ampliada para em alguns pontos ter 6,5 metros de largura (hoje tem 3 metros). Com o estacionamento proibido neste trecho, ao invés de três, serão duas faixas para o tráfego de veículo e o asfalto tradicional com CBUQ será  substituído por piso intertravados (o mesmo  a ser usado nas calçadas). Com o meio-fio rebaixado, a pista será praticamente no mesmo nível da calçada.

 

No meio das quadras, haverá travessias elevadas para dar maior segurança aos pedestres. Com os bicicletários, a intenção  é oferecer um estacionamento seguro para os ciclistas que circulam pela ciclovia da Afonso Pena ou da Orla Morena deixarem suas bicicletas antes de passear ou fazer compras no centro.

 

Nos dois outros dois trechos da 14 de Julho,  onde haverá intervenções, (entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e  Avenida Afonso Pena) ; da Cândido Mariano até a Avenida Mato Grosso, o recapeamento será feito com pavimento tradicional (a base de CBUQ). Será mantido o estacionamento nas laterais, dentro de baias, mas as calçadas ganharão mais espaço porque só haverá duas pistas para o tráfego de veículo.

 

Ao longo do trecho de 1,4 quilômetro, onde haverá intervenções, entre as avenidas Fernando Corrêa da Costa e Mato Grosso, será refeita a rede de drenagem (ao custo de R$ 4,6 milhões);  recapeamento do pavimento (R$ 2,3 milhões); redes de  água (R$ 895 mil) e esgoto (R$ 1,5 milhão); novas calçadas, com padronização, acessibilidade (R$ 2,4 milhões); sinalização (R$ 1,8 milhão); paisagismo (R$ 1,4 milhão); iluminação pública (R$ 2,4 milhões); mobiliário urbano (R$ 1,7 milhão), incluindo bicicletários, bancos, lixeiras, defensas,vasos e murais.

 

Metade dos investimentos, R$ 27,7 milhões, segundo o secretário de Infraestrutura e Serviços Públicos,  Rudi Fiorese, vão ser aplicados para substituir as redes “aéreas” de energia elétrica e telefônica, por rede subterrâneas, eliminando a poluição visual da fiação. A drenagem, com o escoamento de águas pluviais através de canaletas junto ao meio fio, vai eliminar os pontos de empoçamento de enxurrada.

 

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