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Cotidiano Quinta-feira, 14 de Dezembro de 2017, 12:13 - A | A

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SAÚDE

Seminário sobre sífilis começa na Capital

Mato Grosso do Sul enfrenta epidemia da doença com número de casos dobrados

Esthéfanie Vila Maior
Capital News

Divulgação

Seminário sobre sífilis começa na Capital

A sífilis pode ser descoberta por meio de um exame de sangue comum

O 1º Seminário Estadual de Enfrentamento da Sífilis em Mato Grosso do Sul começa nesta quinta-feira (14), com a proposta de redirecionar a linha de cuidado dos pacientes com sífilis na rede de Atenção Básica, além de discutir o papel da Vigilância Epidemiológica. O evento é realizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES).

 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil enfrenta uma epidemia da doença e o número de casos em Mato Grosso do Sul quase dobrou em dois anos, com aumento de 68,6%. Em 2016, foram notificados 1.408 casos de sífilis adquirida. Já nesse ano, até 30 de novembro, o número subiu para 2.374 casos. 

 

A gerente do Programa Estadual IST/AIDS da SES, Danielle Martins explica que a epidemia se deve principalmente à mudança de comportamento da população, como o não uso do preservativo. “Houve um crescimento exponencial e não reflete apenas na sífilis, mas também em outras doenças sexualmente transmissíveis”, explica. 

 

Danielle cita ainda um episódio pontual que pode ter ajudado a concretizar a atual epidemia no Brasil. Em 2015, houve escassez da penicilina benzatina, o medicamento que proporciona os melhores resultados no tratamento e cura da doença.

 

Atualmente, a cada 100 mil habitantes, 89,54% possuem sífilis. Há 10 anos, em 2007, a taxa de incidência não chegava nem a 7% a cada 100 mil pessoas, e foram notificados 149 casos. A doença pode matar, mas se diagnosticada precocemente, tem cura e o tratamento é gratuito. Além de ser diagnosticada pelos sintomas, a sífilis pode ser descoberta por meio de um exame de sangue comum.

 

Gestantes

Mato Grosso do Sul apresenta pela quarta vez consecutiva o maior índice de infestação da sífilis em gestante, de acordo com dados da SES. Em 2016, foram notificados 1.185 casos de sífilis; já nesse ano, até 30 de novembro, são 1.336 notificações.

 

Quando a gestante é diagnosticada, o parceiro, além de também receber tratamento, passa a ser notificado. Por isso, os homens lideram as notificações com 59% de índice.

 

A doença pode trazer diversas más formações e deformidades aos bebês como surdez neurológica, cegueira, microcefalia, deformidade crânio facial, leões neurológicas, artrose, lesão cardíaca, entre outras, sendo todas irreversíveis.

 

Seminário

Cerca de 150 profissionais de saúde, entre enfermeiros, médicos infectologistas, coordenadores da Atenção Básica e profissionais que oferecem serviço especializado participarão do seminário.

 

Para o primeiro dia de seminário estão temas como Conhecendo a Sífilis, Cenário Epidemiológico da Sífilis no Brasil e em Mato Grosso do Sul, Integração da Atenção Básica à Vigilância em Saúde e A importância da Notificação de Casos. Já no segundo dia, os debates serão em torno do Tratamento da Sífilis Congênita na Atenção Básica, Pré-natal do Parceiro como Estratégia de Prevenção e Controle da Epidemia da Sífilis, entre outros temas.

 

O Seminário será realizado nesta quinta-feira (14) e dsexta-feira (15) no auditório da ABO/MS, que fica na rua da Liberdade, 836 , Jardim Monte Líbano.

Divulgação

Seminário sobre sífilis começa na Capital

 

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