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Cotidiano Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2019, 15:52 - A | A

Quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2019, 15h:52 - A | A

ASSASSINATO

Serial-killer matou adolescente em menos de dois minutos, diz promotor

Acusado de matar 16 pessoas, Nando participou de 4º julgamento nesta quarta

Caroline Carvalho
Capital News

Caroline Carvalho/Capital News

Serial-killer matou adolescente em menos de dois minutos, diz promotor

Depoimento de Nando foi feito via videoconferência, pois ele está com pneumonia e se recusa a tomar medicamentos

Luiz Alves Martins Filho, o “Nando”, conhecido por cometer assassinatos em série na Capital, levou menos de dois minutos para estrangular Jennifer Pereira dos Santos, de 16 anos, com uma correia de máquina de lavar roupa, em março de 2016. De acordo com o Promotor de Justiça Douglas Odegard dos Santos, ele afirmou, em depoimento à polícia, que a vítima, de tão pequena e franzina ‘rodou’ ao ser puxada pela corda.

Caroline Carvalho/Capital News

 Acusado de estrangular mulher com correia, Nando diz que não conhecia a vítima

Réu Luiz Alves Martins Filho

 

Acusado de ter matado pelo menos 16 pessoas no bairro Danúbio Azul, entre os anos de 2012 e 2016, Nando foi ao seu quarto julgamento nesta quarta-feira (20). Conhecido por praticar justiça com as próprias mãos, consta no processo que ele teria assassinado a adolescente por vingança, após descobrir que ela tinha roubado uma calça jeans e uma camiseta preta de sua casa, para comprar drogas. 

 

De acordo com os delegados Márcio Shiro Obaro e Aline Gonçalves Sinnott, responsáveis, respectivamente, pela DEH (Delegacia Especializada na Investigação de Homicídios) e Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude), Nando, suspeitando da autoria dos furtos, teria convencido a vítima a ir com ele até região próxima ao lixão, na saída da BR-163, supostamente para comprar drogas, e lá a questionado sobre os roubos. 

 

Ao receber a confissão da adolescente, ele teria ficado bastante nervoso e a enforcado. O comparsa Michel Henrique Vilela Vieira também participou do homicídio, imobilizando a vítima durante a execução do crime, e depois vigiando o local, enquanto Nando cavava o buraco e a enterrava. Ela foi sepultada de cabeça para baixo, assim como outras vítimas, no cemitério ‘particular’ do assassino.

 

Durante interrogatório no júri desta quarta, Nando negou a autoria do crime e atribuiu o assassinato ao “Vasco”, seu amigo. Porém, de acordo com o promotor de justiça Douglas Odegard, Vasco é um personagem criado pelo criminoso, comum em seus depoimentos, mas que a partir de determinado momento, ele próprio assume os crimes. 

 

Ainda segundo o promotor, durante as investigações, Nando teria indicado o lugar errado onde a vítima estaria enterrada, o que foi usado como prova pelo mesmo de que ele não teve envolvimento no crime. No entanto, após análises técnicas do solo na região, o corpo foi encontrado a cerca de cinco centímetros do lugar assinalado no primeiro momento.  

 

O acusado já acumula 36 anos de condenação por assassinatos distintos nos três primeiros júris, e está preso no Instituto Penal de Campo Grande desde novembro de 2017. O Capital News está acompanhando o julgamento e em breve traz mais informações.

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