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Cotidiano Sexta-feira, 09 de Março de 2012, 12:16 - A | A

Sexta-feira, 09 de Março de 2012, 12h:16 - A | A

Supermercados oferecem 1% de reajuste salarial, empregados querem 15%

Lúcio Borges - Capital News (www.capitalnews.com.br)

Os empregados em supermercados de Campo Grande criticaram a contraproposta dos empresários de aumentar em apenas 1% acima do índice de inflação do acumulado dos últimos 12 meses. “Essa contraproposta é insignificante para os trabalhadores que merecem um ganho real muito maior”, comentou Nelson Benitez, vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de Campo Grande – SEC/CG, que participou da primeira rodada de negociação ontem pela manhã na sede da entidade, com a classe patronal.

Os comerciários querem 15% de reajuste salarial. “Insistimos nesse percentual, que é justo pois além de cobrir os índices inflacionários dão ganho real para os salários dos trabalhadores”, comentou Idelmar da Mota Lima, presidente do SEC/CG.

Nelson Benitez disse que os comerciários têm o trunfo dos feriados para negociar com a classe patronal um percentual de reajuste “decente”. Como não chegaram a um acordo ontem, as duas categorias marcaram para o dia 22 às 9 horas a próxima rodada de negociação. Desta vez o encontro será na sede patronal.

Na negociação, além de Idelmar, Nelson Benites e a diretora Rubia Santana, estiveram presentes também os assessores jurídicos do sindicato, Cláudio de Rosa Guimarães e Raphaela Silva Modeneis Reis.

Da Sindicato do Comércio Varejista de Gêneros Alimentícios de Campo Grande (patronal) estiveram presentes: Adeilton F. Prado, presidente do sindicato e Eliane Cardoso (Carrefour), Carlos Amaro Gomes e Márcia Ross (Wal Mart), José Cardoso S. Matez (Grupo Pão de Açúcar), Edmilson Verati (Mercado Verati), Avelino Laudo (Comper) e João Luiz Rosa Marques, assessor jurídico do Sindisuper.
As duas categorias só concordaram com a proposta do piso de R$ 800,00 para os empregados comissionados. Outro ponto de discórdia entre as duas entidades foi com relação ao feriado de 1º de Maio (Dia do Trabalhador). O sindicato laboral insiste que nesse dia os empregados precisam gozar da folga para poder participar das inúmeras atividades sociais, culturais e esportivas colocadas à disposição dele e de seus familiares nesse dia. Os supermercados não querem saber, querem que os empregados trabalhem também nesse dia.

“Contamos com o bom senso dos supermercadistas em fazer justiça com o trabalho de seus empregados. Pagar um salário decente é um dever econômico e social, já que são os funcionários grandes responsáveis pelo faturamento cada vez maior dos supermercados assim como também em outros segmentos do comércio e serviços”, comentou Idelmar da Mota Lima que preside também a Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul e a Federação dos Trabalhadores no Comércio e Serviços de Mato Grosso do Sul – Fetracom/MS. (com assessoria)
 

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