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Cotidiano Terça-feira, 06 de Outubro de 2009, 10:36 - A | A

Terça-feira, 06 de Outubro de 2009, 10h:36 - A | A

Temperatura aumentará 10ºC até 2060, diz estudo

Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

Estudo realizado pelo Departamento de Meteorologia britânico (Met Office) revela que em um futuro próximo, grande parte da floresta amazônica ficará destruída, devido ao aumento das temperaturas, entre 8ºC e 10ºC.

O estudo antecipa o acontecimento para 2060, quatro décadas antes do previsto pelo Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC).

Em entrevista a BBC Brasil, o pesquisador Richard Betts, do Hadley Centre, unidade do Met Office que estuda as mudanças climáticas disse que "nas nossas melhores estimativas, um aquecimento global de 4°C aconteceria na década de 2070. Mas em uma situação extrema plausível isso poderia acontecer em 2060", afirmou.

Os novos modelos climáticos computadorizados do Hadley Centre foram divulgados durante uma conferência na Universidade de Oxford e simulam situações em que altas emissões de dióxido de carbono são amplificadas pelo efeito de retroalimentação dos ciclos de carbono.

Mais afetadas

As simulações apontam que a Amazônia será uma das regiões que mais sofrerão com o aquecimento global. O cientista José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) também em entrevista à BBC Brasil, disse acreditar em uma elevação da temperatura em cerca de 5ºC.

Segundo ele, em um cenário de altas emissões, a probabilidade de aquecimento de 3,3ºC até 2100 é 50% maior. Os estudos do cientista mostram também, que as chuvas no nordeste brasileiro serão reduzidas entre 40% e 60%, com temporadas de secas de 30 dias, contra os 12 atuais.

Com a diminuição das chuvas, há temor de que a produção de energia por hidroelétricas fique comprometida nessa região.

Além da Amazônia, o estudo da Hadley Centre mostra variações na subida de temperatura e no regime de chuvas da América Latina.

Estudo do Insituto de Potsam, na Alemhanha afirma que o nível do mar irá subir entre 1 e 1,3 metros até 2100 em relação aos níveis de 1990 em países como Guiana, Suriname, Belize, Jamaica, Equador e o território da Guiana Francesa, além da Península de Yucatán, no México.

Mesmo com as previsões, a comunidade científica concorda ser possível se preparar para enfrentar o problema porque a elevação acontece vagarosamente. No entanto, a combinação de ressacas, furacões de maior intensidade e a elevação do nível oceânico pode provocar problemas mais imediatos. (com informações da Globo Amazônia)
 

Por: Nadia Nadalon-estagiária (www.capitalnews.com.br)

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