Campo Grande Quinta-feira, 18 de Abril de 2024


Cotidiano Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 13:17 - A | A

Quarta-feira, 18 de Outubro de 2017, 13h:17 - A | A

Comércio popular

Tradição em Campo Grande, Feira Central pode fechar depois de 95 anos

Comerciantes afirmam que feirona precisa de revitalização urgente para evitar perda de frequentadores

Flávio Brito
Capital News

Victor Chileno/ALMS

Revitalização da Feira Central pode receber emendas do Orçamento 2018 do Estado

Valor total da obra foi estimado em R$ 60 milhões, a serem viabilizados pela Lei Rouanet; projeto foi apresentado aos deputados

 

Deputados estaduais conheram, nesta quarta-feira (18), o projeto de revitalização da Feira Central de Campo Grande e se colocaram à disposição para a parceria que viabilizará a obra. O presidente da Assembleia Legislativa, Junior Mochi (PMDB), lembrou que os parlamentares têm até dia 30 de outubro para apresentar emendas ao Orçamento 2018 do Estado e poderão destinar recursos para a feirona. “Trata-se de uma obra importante e, com certeza, seremos parceiros”, afirmou.

A Casa de Leis começou a analisar nesta terça-feira (17) a mensagem do Poder Executivo que trata do Orçamento Anual de 2018 (LOA). O Projeto de Lei (PL) 233/2017 dispõe sobre a estimativa de arrecadação das receitas e a fixação das despesas da administração pública estadual, detalhando as informações relativas à expectativa de arrecadação das receitas e à sua respectiva destinação. A proposta estima a receita e fixa a despesa em igual valor de R$ 14.497.314 bilhões. O projeto também autoriza o Poder Executivo Estadual, durante o exercício de 2018, a abrir créditos suplementares até o limite de 25% do total da despesa.

A presidente da Associação da Feira Central e Turística de Campo Grande (Afecetur), Alvira Apel Soares de Melo, que representa 300 negócios e 1,1 mil trabalhadores, detalhou o projeto, que foi elaborado durante dois anos. “Nossa feira tem 95 anos, é patrimônio do município, mas há 13 anos não recebe qualquer tipo de reforma ou melhoria. Se nada for feito ela poderá acabar em dois anos, segundo avaliaram alguns especialistas. Precisamos torná-la mais atrativa, melhorar o sistema de exaustão, e garantir conforto e bem estar a quem nos visita e a quem trabalha no local”, explicou. Outros 800 informais também dependem da feirona para a comercialização de produtos, como frutas e hortaliças.

Segundo ela, o projeto contará com parceiros para a construção de um jardim japonês, espaço para exposições e shows e novo layout para os boxes que comercializam artesanatos. As culturas regional e nipônica estarão em destaque, com ícones alusivos aos povos indígenas e aos japoneses e descendentes que colonizaram a região, além de alameda cultural e revitalização da área gastronômica. O local onde era feito o giro das locomotivas e dos vagões que entravam para recuperação na oficina, também chamado de rotunda, deverá ser transformado em espaço cultural integrado à feirona.  

Alvira informou que o valor total da obra foi estimado em R$ 60 milhões, a serem viabilizados pela Lei Rouanet, que estimula o apoio da iniciativa privada ao setor cultural. Ou seja, o Governo Federal abre mão de parte dos impostos que recebe de pessoas físicas ou jurídicas para que esses valores sejam investidos em projetos culturais que ajudam a transformar o cenário da comunidade. Ela explicou que, com a aprovação do projeto no Ministério da Cultura (MinC), será possível captar recursos junto a pessoas físicas ou jurídicas para a execução. Posteriormente, a feirona poderá pleitear o título de Patrimônio Imaterial da União, na categoria Turismo - Lugares a se visitar.

“Para tanto, é necessário elaborar o projeto arquitetônico e, nesse sentido, é que viemos buscar o apoio dos deputados”, reforçou a presidente da Afecetur. Beto Pereira (PSDB) propôs que, por meio de emenda coletiva, a Casa de Leis contribua com R$ 250 mil. Caberá ainda ao Governo do Estado outros R$ 250 mil. A contrapartida de Prefeitura de Campo Grande será de R$ 10 mil. O montante deverá ser destinado à elaboração dos projetos básicos para apresentação ao MinC. “É uma obra singular, que encanta os olhos, e buscaremos auxiliar mobilizando os deputados”, disse Beto.

“A feira já melhorou quando foi para a região da Esplanada Ferroviária, mas é necessário aperfeiçoar especialmente as condições de acessibilidade e o estacionamento. Com certeza, apoiaremos essa revitalização tão importante”, afirmou o 1º secretário da Casa de Leis, Zé Teixeira (DEM). Para a diretora-executiva de Projetos Executivos da Prefeitura, Catiana Sabadin, também será possível diversificar os produtos comercializados na feirona, estimulando a expertise de cada comerciante, além de integrar a região. “A feira se alia à revitalização de toda a área central da cidade. É muito importante para a economia do nosso município”, analisou. A Vila dos Ferroviários, Esplanada Ferroviária e o entorno são espaços tombados como patrimônio histórico e cultural e por isso foi necessário o aval do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) ao projeto, já obtido.

Deurico/Arquivo Capital News

Foto ilustrativa da fachada da Feira Central, Feirona

Feira Central

Comente esta notícia

Joana Martins Rocha 01/11/2017

Além dos preços altos fica aqueles atendentes no meio da rua abordando, aquela gritaria, eu e minha família não vamos mais, não conseguimos dar um passo sem que tenha um atendente nos parando e gritando, quero sossego e não aqueles atendentes me enchendo a paciência no meio da rua.

positivo
0
negativo
0

Roberto Davilla 25/10/2017

Verdade, sempre janto com minha família na Sobaria do Tchucky, os preços dele são realmente justos, além de aceitar tickets refeição. E ainda ele dá uns cupons amarelos que quando junta 10 ganha um SOBÁ grande. Realmente se pesquisar verá que nem todos são abusivos.

positivo
0
negativo
0

Marcos Adriano 23/10/2017

Concordo, realmente tem muitos restaurantes que cobram preços altíssimos, porém tem uma barraca chamada Sobaria do Tchucky, onde os preços são justos, bem mais em conta que a maioria, confiram, muito bom. Não são todas que cobram caro, infelizmente tem umas que...

positivo
0
negativo
0

Nilton Garcia do Nascimento 22/10/2017

Concordo com a revitalização,pois não podemos parar no tempo,temos que inovar e fazer tudo para captar novos negócios,novos clientes,somente uma resalva os preços na feirona tem que serem revistos,pois para muitos pais de familia fica inviavél frequentar o local acho que isso terá que ser discutido pois os comerciantes da feirona tem menos despesas que comerciantes instalados em outros locais,por isso revisão nos preços.

positivo
0
negativo
0

Moreno 22/10/2017

Façam primeiro, uma pesquisa séria com os usuários e turistas e verão que os preços ali praticados são extorsivos. A qualidade do atendimento precisa de uma reforma urgente.

positivo
0
negativo
0

Márcio 21/10/2017

Com tanto sushi, hamburgueria, food park, food truck,tapiocaria, shopping, etc....fica difícil convencer uma pessoa a continuar frequentando a feira pra pagar caro num serviço caótico e desconfortável.

positivo
0
negativo
0

Adriano 20/10/2017

Melhorar a esteutura para explorar mais o consumidor!

positivo
0
negativo
0

Janir 20/10/2017

Concordo com a maioria ....o problema são com os comerciantes onde exploram os visitantes. Feira o nome já fala os preços são como de restaurantes onde tem ar condicionados não tem cheiro de frituras então entre ir na feira e a um restaurante fica a 2 opção custo e benefício. Mais caro que na rua gastronomica e os custos de um comercio fora da feira sao outros.

positivo
0
negativo
0

Dany 20/10/2017

Tudo caro vai fechar mesmo, na crise q estamos as coisas um absurdo de caro tudo!!!

positivo
0
negativo
0

Vinicius 20/10/2017

Que feche! Atendimento precário e preços exorbitantes, não é justo a população arcar essas dispesas. Seleção natural!

positivo
0
negativo
0

17 comentários

1 de 2
Última

Colunistas LEIA MAIS