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Trânsito Domingo, 21 de Abril de 2024, 15:11 - A | A

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Ausência de duplicação continua deixando a BR-163 como a rodovia da morte

Neste mês em uma semana foram registrados seis óbitos

Elaine Oliveira
Capital News

A BR-163 continua sendo a rodovia da morte em Mato Grosso do Sul. Neste mês seis pessoas perderam a vida em um trágico acidente próximo de Anhanduí, sendo um dos acidentes com mais vítimas fatais já registrados em uma das principais vias de acesso que corta o Estado, a BR-163.

O Sindicato das Empresas de Transporte e Logísticas de MS (SETLOG-MS) questiona a ausência de duplicação e falta de empenho da ANTT para fiscalizar a concessão. Para Cláudio Cavol, presidente do sindicato, esses são apenas dois exemplos bem recentes das deficiências da via e da falta de empenho da concessionária para solucionar os problemas.

“Estamos muito preocupados com o número de acidentes na BR 163, principalmente por se tratar de uma concessão. Muitas mortes poderiam ter sido evitadas se o trecho estivesse duplicado como previa o contrato inicial. Notamos que os locais de duplicação são sempre próximos às nove praças de pedágios, onde as pessoas são obrigadas a diminuir a velocidade”, explica Cavol.

Segundo informou a Concessionária, atualmente, apenas 155 quilômetros são duplicados dos 842 que eram previstos no contrato de concessão inicial. Na época do leilão realizado em dezembro de 2013, a CCR Via ofereceu um preço de pedágio 52,74% menor que o máximo fixado pelo governo da época.

Para ele, é imperativo que a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) tome providências para fiscalizar e exigir um melhor serviço pelo que o usuário paga. “Nossa preocupação também é com a Rila (Rota de Integração Latino-Americana) que aumentará significativamente o fluxo de veículos pela 163 e a tendência é o número de acidentes e de mortes aumentarem se nada for feito agora”, alerta Cavol.

A CCR Via informou que desde que foi privatizada houve redução no número de vítimas fatais na via, que passou de 85 (2013) para 63 (2023), redução de 26%. No entanto, de janeiro a março de 2024, já foram registrados 36 óbitos, segundo dados da PRF (Polícia Rodoviária Federal). Considerando as seis vítimas fatais da semana passada, esse número sobe para 42 e ainda faltam oito meses para fechar o ano.

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