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Cotidiano Quarta-feira, 29 de Novembro de 2017, 17:37 - A | A

Quarta-feira, 29 de Novembro de 2017, 17h:37 - A | A

Serviço público

Transporte coletivo de Campo Grande vai ficar mais caro

Tarifa terá correção da inflação e vai passar de R$ 3,55 para R$ 3,70

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Assessoria

Candidato a prefeito destaca melhorias no transporte público

Prefeitura confirmou nesta quinta-feira novo valor para o transporte coletivo

A tarifa de ônibus em Campo Grande terá correção inflacionária de 4,23%, a menor dos últimos 12 anos, informou o Executivo municipal nesta quinta-feira (29). Segundo a prefeitura, o reajuste anual segue cláusula contratual firmada pela administração municipal com o Consórcio Guaicurus, de outubro de 2012. Todavia, ação da Prefeitura e da Câmara, de isenção do ISS, impedirá um impacto maior neste valor, fazendo com que a tarifa aumente R$ 0,15, passando de R$ 3,55 para R$ 3,70 nos ônibus comuns, e de R$ 4,35 para R$ 4,50 nos chamados ônibus executivos. A prefeitura não divulgou a data para vigência do novo valor. No ano passado, o reajuste foi aplicado a partir do dia 22 dezembro. 

 

 “Fizemos o possível. É o único ingrediente da composição da tarifa que tínhamos o poder de decisão, para que esta correção onerasse o mínimo possível o bolso do cidadão que usa o transporte coletivo. Se não fosse a isenção que demos, a tarifa seria de R$ 3,90, garantimos uma economia de R$ 0,20, ou seja, R$ 280,80 a menos por ano para um trabalhador que usa duas passagens por dia”, explicou o prefeito Marquinhos Trad.

 

 

O contrato da Prefeitura com o Consórcio Guaicurus prevê reajuste anual da tarifa, levando em conta o preço médio do combustível (39,30%); reajuste do salário dos motoristas (28,98%); Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) (4,66%);  gasto médio de manutenção por veículo (calculado pela Fundação Getúlio Vargas) (27,06%) e índice de passageiros por quilômetro.

 

“A fórmula estabelecida nos contratos de concessão seguem exemplo de um contrato de locação residencial, no qual está estabelecido o mês e índice para reajuste anual do aluguel”,  comparou o diretor da Agência Municipal de Regulação, Vinícius  Leite

O Consórcio Guaicurus solicitou aumento maior, levando em conta que o número de passageiros caiu 5% no último ano, o que foi negado pelo prefeito Marquinhos Trad. “O que estava ao nosso alcance, fizemos, permitindo o mínimo de reajuste para a população. Não autorizamos a alteração da fórmula de cobrança, porque entendemos que sobrecarregaria a população”, ponderou o prefeito.

 

O reajuste deste ano é o menor desde 2005, quando a tarifa do transporte teve os seguintes reajustes: 2005 (5,56%); 2006 (5,26%); 2007 (5,0%); 2009 (9,52%); 2009 (8,70%); 2011 (8%); 2012 (5,56%); 2014 (11,1%); 2015 (8,33%) e 2016 (9,23%). No ano de 2010, por conta de mudança na forma de cobrança, com extinção do desconto para quem pagava em dinheiro. O mesmo aconteceu em 2013, quando o Governo do Estado  abriu mão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o óleo diesel, assim como a União isentou do PIS e Cofins as empresas de transporte coletivo, permitindo o congelamento da tarifa.

 

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