A Polícia Militar Ambiental autuou 43 pessoas por desmatamento ilegal em 2017, o que representa aumento de 22,8% com relação à quantidade de autuados em 2016. Foram 35 foram no ano anterior. No ano de 2017, porém, a área desmatada, que resultou em autuações administrativas, foi excessivamente maior com relação ao ano de 2016, fator que gerou valor de multas 218% mais alto. Foram R$ 2.476.953,00 e, R$ 778.100,00 no ano de 2016.
De acordo com as informações divulgadas pela PMA, o aumento no valor aplicado em multas se deu em razão da operação Cachorro Vinagre, em parceria com o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A operação contou com vistorias na bacia do rio Paraná, em desmatamentos levantados por imagem de satélites pelo Núcleo de Geoprocessamento do Ministério Público Estadual (Nugeo).
Ainda segundo a polícia, neste ano, está em desenvolvimento a operação Cervo-do-Pantanal na bacia do rio Paraguai. A PMA recebeu 594 vistorias de possíveis desmatamentos ilegais levantados por imagem de satélites pelo Nugeo. Parte dos desmatamentos ilegais já recebeu autuações.
Em nota, a PMA explica que o período em que o desmatamento ocorreu varia. Em algumas áreas, a derrubada da vegetação está no início e em outras foram registrados o plantio de lavoura ou a criação de gado
A PMA também está utilizando drones durante as vistorias, para identificar o tipo de uso que está sendo dado a área e também para subsidiar melhor os autos de de infração.
A PMA alerta para que os proprietários rurais realizem o licenciamento ambiental antes de efetuar a alternativa do desmatamento. Os levantamentos realizados pelas imagens localizam grandes, médios e pequenos desmatamentos, bem como os antigos, recentes e em processamento. “Dessa forma, não adianta o infrator pensar que não será descoberto, pois, será e, quando for, responderá administrativamente (multas), penalmente (crime) e na instância civil (pois terá que reparar o dano)”, afirma a PMA.