Será aberta a exposição “Noneti - Uma câmera, um índio e 500 anos de opressão” que retrata o olhar de um índio sobre a história de seu povo por meio de uma câmera fotográfica. O evento começa na terça-feira (18), das 7h30 às 17h30.
Trinta e duas fotografias em preto e branco mostram a realidade das etnias Terena, Guató, Ofaié e Guarani-Kaiowa que compõe a exposição no Museu de Arte Contemporânea (MIS) com a curadoria da jornalista Marinete Pinheiro.
O fotógrafo Dionedison Terena, 39 anos, é natural da aldeia Bananal e atualmente vive na aldeia Agua Bonita. Entrou no mundo da fotografia em 2007, “foi pela necessidade de contrapor a mídia da forma como noticiam o ambiente indígena, muitas vezes distorcendo as informações”, diz o índio, que ainda relata já ter tido seus equipamentos fotográficos apreendidos por autoridades.
O indígena espera que a mostra possa trazer reflexão às pessoas que forem visitar a exposição sobre os fatos, compreenderem a luta indígena, “também possam conscientizar outras pessoas da nossa luta e conhecerem mais nossa realidade”, frisa Dionedison.