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Cultura e Entretenimento Segunda-feira, 07 de Setembro de 2009, 12:30 - A | A

Segunda-feira, 07 de Setembro de 2009, 12h:30 - A | A

Festival Sesi Música atrai 600 pessoas ao Glauce Rocha e premia trabalhadores-músicos

Da Redação (AP)

Pelo menos 600 pessoas compareceram ao Teatro Glauce Rocha, em Campo Grande, na noite de sábado (05/09) para conhecer os vencedores da etapa estadual do Festival Sesi Música, que vai enviar para Brasília (DF), no mês de novembro, os primeiros colocados nas categorias interpretação e composição inédita. A noite reservou momentos de grande emoção e foi marcada por homenagens aos músicos e compositores Geraldo Espíndola e Paulo Simões, sendo que houve também a pintura de três painéis pelo artista plástico Ojeta, que deu cor a eles durante a apresentação dos 20 candidatos.

Nesta fase do festival, garantiram o primeiro lugar a trabalhadora-música Regina Casaroto da Silva, funcionária da Angélica Agroenergia, localizada no município de Angélica, que interpretou a composição “Como Nossos Pais”, sendo que o troféu foi entregue pelo diretor-corporativo da Fiems, Jaime Verruck. Já na categoria música inédita segue para a etapa nacional Giani Cristina de Souza, funcionária da Sanesul, de Dourados, com a música “Finita Água”, quem entregou a ela a premiação foi a superintendente do Sesi, Maura Gabínio.

“Essa música surgiu do dia-a-dia do meu trabalho, onde tive condições de entender a importância da conscientização e do uso desse recurso. Ela estava engavetada há quatro anos e agora resolvi trazê-la para o Festival. Estou muito emocionada com o primeiro lugar”, declarou Giani de Souza.

Regina Casaroto também se disse surpresa com o resultado. “Os concorrentes eram muito bons, não imaginava que poderia ser eu. Estou sem palavras”, pontuou a trabalhadora-música que segue para Brasília defendendo a mesma canção. “Em time que está ganhando não se mexe, eu vou defender o nome da minha empresa com essa mesma música e quero trazer bons resultados”, acrescentou.

Na categoria interpretação, o terceiro lugar ficou com Antônio Cleber Zequetto, funcionário da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, de Corumbá, que cantou “Última Chance”. Ele recebeu o troféu das mãos da gerente do Sesi de Corumbá, Rosilene Izidre, já o segundo lugar ficou com a dupla Rodrigo Araújo Moreira & Luciano Santos de Oliveira, da Perdigão, de Dourados, que interpretou “Deus e Eu no Sertão”, e recebeu o troféu das mãos do gerente da Área de Lazer do Sesi de Campo Grande, Márcio Alexandre Alencar.

Já na categoria música inédita o terceiro lugar ficou com Juliano Yuji Barbosa, da Real H, de Campo Grande, que apresentou a música “Vamos ver o Mar”, sendo que o troféu foi entregue pela gerente do Sesi de Dourados, Rosilene Moreira, ficando o segundo lugar para Gideão Correa Dias, funcionário da MGS Foods, de Campo Grande, que apresentou a composição “Dom” e recebeu a premiação do gerente do Núcleo de Saúde Ocupacional do Sesi, Munzer Dib Safatli.

Para Jaime Verruck, o festival cumpriu o que se propôs e é uma grande oportunidade de valorização do trabalhador. “O resultado desse evento é o coroamento da força do trabalhador da indústria, que é talentoso e a própria indústria reconhece isso”, declarou.

Maura Gabínio pontuou a satisfação em ver que as indústrias atendem ao chamado do Sesi e enviam seus funcionários para participar. “Estamos retomando uma atividade fundamental para novos talentos em um local histórico, que já abrigou inúmeros festivais e agora recebe a comunidade industrial, que atende ao nosso chamado. Todos que participaram do festival e toda a equipe do Sesi estão de parabéns”, disse.

Surpresas

Durante a noite os músicos Geraldo Espíndola e Paulo Simões foram homenageados pelo Sesi e tiveram destacado o papel fundamental que desempenham na cultura do Estado. “Esse foi um dose melhores festivais que já participei em toda a minha vida”, disse Geraldo Espíndola, agradecendo o reconhecimento da equipe do Sesi. Paulo Simões também parabenizou o Sesi pela iniciativa e agradeceu a homenagem. “Eu estou muito feliz em estar aqui hoje, participando dessa linda festa”, destacou.

Surpresos também ficaram os visitantes Rafael Galvão de Oliveira, do Sesi do Distrito Federal, e Luiza Dornas, do Sesi Nacional. Na avaliação de Rafael de Oliveira, que já presenciou a etapa local do Festival do Espírito Santo, Mato Grosso do Sul não deixa à desejar. “Os candidatos estão em um nível excelente, o que nos leva a acreditar que a etapa nacional terá um nível ainda mais elevado”, avaliou.

Já a consultora Luiza Dornas, que já visitou quatro Estados para acompanhar as etapas do Festival, disse ter ficado maravilhada com o espetáculo organizado pelo Sesi de Mato Grosso do Sul. “Foi um festival surpreendente, com canções de qualidade e ótimas interpretações. Eu esperava um evento muito bom, mas esse superou as minhas expectativas”, analisou.

O público presente também ficou maravilhado com o que viu. Simone Aparecida de Carvalho, que trabalha nos Correios de Campo Grande, disse ter ficado triste pelo fato de os colegas não terem conseguido classificação, mas acredita que os vencedores mereceram. “Realmente a apresentação deles foi brilhante”, declarou.

Lázaro Lessa, que trabalha na IBM Têxtil, de Campo Grande, lembrou que a empresa não mandou concorrentes, mas mesmo assim ele foi até o Glauce Rocha participar da festa. “Foi um festival excelente, gostei muito de ter vindo”, garantiu.

Além de aprovar as música apresentadas, o público também entrou em contato com as artes plásticas. Nas quase duas horas de apresentação, o artista plástico Ojeta pintou três painéis com a temática “Homem e a Indústria”. “Aqui foi retratada a preocupação do homem em preservar o meio ambiente. Sabemos que as indústrias hoje têm essa política e é isso que podemos verificar na pintura”, disse.

Além do artista plástico também se apresentou o grupo Chalana de Prata, composto por Celito Espíndola, Dino Rocha, Paulo Simões, Guilherme Rondon e João Bosco Ferreira de Melo. Participaram do Festival Sesi Música como jurados a historiadora e co-autora do livro “A música de Mato Grosso do Sul”, Idara Duncan, a empresária da área musical Ana Dalva Duarte Bezerra, o coordenador do curso de música da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Evandro Higa, e o representante da Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul, Edílson Aspet.

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