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Cultura e Entretenimento Sábado, 25 de Julho de 2009, 11:18 - A | A

Sábado, 25 de Julho de 2009, 11h:18 - A | A

Marco internacional da luta da mulher negra é celebrado hoje

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A coordenadora de Políticas para a Promoção da Igualdade Racial (Cppir) de Mato Grosso do Sul, Raimunda Luzia de Brito, ao comentar sobre a celebração do “Dia Internacional de Luta da Mulher Negra da América Latina e do Caribe” - comemorado hoje (25), disse que a referida data foi criada para dar visibilidade à mulher negra. “A mulher negra é duas vezes invisível”, afirma Brito, que tem formação na área de Direito e mestre em Serviço Social. Como educadora lecionou 29 anos na Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), na Capital. É funcionária da Secretaria de Estado de Governo (Segov), e faz doutorado na área de Educação.

Raimunda Luzia de Brito participou da segunda reunião das mulheres latina e caribenha, na Costa Rica em dezembro de 1996. Segundo ela, nesta reunião reuniram-se mulheres de 17 países. “Agora já tem muito mais mulheres participando do evento. Porque os outros países já perceberam a importância da celebração. Eles escolheram esse dia (25 de julho) para pode dar visibilidade à mulher negra. Aliás! A mulher já é invisível. E, a mulher negra é duas vezes invisível”, disse a coordenadora da Cppir ao informar que a celebração em prol ao dia 25 de julho foi escolhida por 17 países da América Latina, do Caribe e da América do Norte.

“À medida que os anos vão passando a gente vai vendo que é realmente uma necessidade realizar evento como este. Porque a mulher negra ainda é invisível. Quando as pessoas querem empregadas domésticas vem procurar a gente para indicar uma mulher negra. Atualmente muitas delas estão desempregadas. Mas quando precisam de uma pessoa da linha de frente, como por exemplo, secretária, não vem perguntar pra gente se tem alguma negra precisando desse emprego. Ainda é assim!”, disse Raimunda indignada com a situação da mulher negra em nível nacional, lembrando da importância de reforçar o evento para chamar atenção da mídia, para dar visibilidade à mulher negra.

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