Sabe-se agora que, numa conversa sincera, o presidente Michel Temer foi alertado por integrantes da área política que era melhor aguardar um pouco mais o anúncio, pelo governo, da revisão da meta fiscal.
Isso porque, segundo relatos, a área política avalia que há grande risco de uma nova revisão da meta mais adiante, para aumentar ainda mais o rombo nas contas públicas.
Para o anúncio em agosto, como acabou acontecendo, a área política defendia um aumento maior do rombo fiscal, acima de R$ 170 bilhões. "O argumento é que o desgaste seria de uma única vez", disse ao Blog um integrante da articulação do governo.
Essa tese chegou a ser defendida pelo líder do governo, Romo Jucá (PMDB-RR), derrotada na queda de braço interna.
Venceu a tese do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, de que o governo perderia credibilidade junto ao mercado se a lógica da política prevalecesse nesse debate. Ao final, Temer foi convencido pelos argumentos da equipe econômica.