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Economia Quinta-feira, 01 de Março de 2018, 16:32 - A | A

Quinta-feira, 01 de Março de 2018, 16h:32 - A | A

Liberação de crédito

Banco do Brasil atualiza sistema e começa a receber propostas do FCO empresarial

Empresários e produtores já podem enviar propostas para pleitear R$ 2,3 bilhões disponíveis para este ano

Flávio Brito
Capital News

Divulgação/Assessoria

Banco do Brasil atualiza sistema e começa a receber propostas do FCO empresarial

O Banco do Brasil inicia nesta quinta-feira (1º) em todo o Mato Grosso do Sul o recebimento de propostas do setor empresarial para financiamento de recursos do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste). A adequação do sistema do banco a nova taxa de juros definida pelo Governo Federal, atrasou em dois meses o início do recebimento das propostas.

 

O titular da Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e presidente do CEIF/FCO (Conselho Estadual de Investimentos Financiáveis pelo FCO), secretário Jaime Verruck comemorou a notícia. “Estávamos preocupados com a aplicação do recurso para este setor, que tem 50% dos R$ 2,3 bilhões disponíveis para este ano e a abertura do sistema começa a destravar os projetos”.

 

A partir deste ano, o setor empresarial passa a usar a TFC, que é a taxa de juros dos fundos constitucionais, estabelecida em 5,32% e abaixo da faixa utilizada até o ano passado. “Apesar de atrelada a indicadores variáveis, a taxa mais baixa incentiva a contratação, que é o que precisamos para cumprir a meta do ano“.

 

FCO em uma ação inédita, resultado do trabalho de desburocratização e divulgação da linha de crédito. Para este ano o desafio aumenta, visto que em julho muda a taxa de juros do setor rural também.

 

Representante da Fiems (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul) no Conselho do FCO, Cláudia Pinedo Volpini, destacou que o setor empresarial tem pressa na abertura das propostas do FCO por significar uma grande fonte de financiamento. O superintendente de Indústria, Comércio, Serviços e Turismo da Semago, Bruno Gouveia Bastos, e a coordenadora do FCO, Eli Sandra, participaram da reunião sobre o FCO.

 

Fiems quer mais transparência na indexação de juros 

Após registrar recordes em Mato Grosso do Sul, a liberação de recursos do FCO, na Modalidade Empresarial, estacionou em 2018 devido às mudanças na indexação das taxas de juros da linha de crédito. Durante reunião realizada na sede da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em Brasília (DF), o presidente da Fiems, Sérgio Longen, defendeu mais transparência na correção das taxas, além da criação de um grupo de trabalho para acompanhar os novos regramentos.

 

“A indexação dos juros do FCO Empresarial por uma cesta de indexadores de juros, que acabam não sendo claros para investimentos, preocupa. Estamos praticamente em março e o Banco do Brasil ainda não conseguiu operar por causa de questões burocráticas, várias amarras foram criadas”, declarou Longen, direcionando a análise especialmente aos empresários da indústria da Região Centro-Oeste, que são os beneficiados com o Fundo. 

 

O presidente da Fiems, então, propôs aos presentes a criação de um grupo de trabalho composto por representantes dos Estados do Centro-Oeste e que, segundo ele, deve tomar corpo já a partir deste mês de março. “Sugeri que a gente mude essas regras, algo que a partir de março ganha corpo. Precisamos dar mais oportunidades para quem quer investir. Os fundos constitucionais têm recursos e os índices de inadimplência são considerados mínimos diante do montante que circula, então precisamos reduzir a burocracia e tornar mais claras as taxas de juros”, ressaltou.

 

No início de fevereiro, durante reunião de representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul, o superintendente do Banco do Brasil no Estado, Glaucio Zanettin, anunciou que as operações de contratação na Modalidade Empresarial ficariam suspensas e a previsão de retomada seria até o fim de março. “O FCO Empresarial passa a ter um regramento e correção através da taxa de longo prazo, assim como trabalha o BNDES para operações de investimento. Estamos aguardando ajustes no sistema para anunciarmos a retomada das operações, mas o sistema deve ser normalizado até março”, explicou.

 

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